Sou Ufal: Márcia Alencar completa 30 anos de serviços prestados à Universidade

Em reportagem especial, ela relembra de sua jornada, mostra como a Ufal faz parte de sua vida e recebe homenagens de seus amigos de trabalho


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Márcia Alencar completa 30 anos de serviços prestados à Universidade e recebe homenagens
Márcia Alencar completa 30 anos de serviços prestados à Universidade e recebe homenagens

Deriky Pereira – estudante de Jornalismo

O calendário apontava 22 de maio de 1984 quando a Universidade Federal de Alagoas ganhava mais uma servidora para seu quadro. Seu nome? Márcia Rejane de Alencar Gonçalves Ferreira. À época, com apenas 20 anos, ela começou no Departamento de Recursos Humanos (DRH), hoje DAP. Mas ela, já formada em jornalismo, foi convidada pelo então chefe de gabinete da Reitoria, Douglas José Costa – a quem classifica como uma “grande referência" – para fazer parte da Assessoria de Comunicação (Ascom), que ele desejava criar.

Ele não tinha formação em comunicação, mas tinha uma visão maravilhosa e partiu dele a pretensão de criar uma Assessoria. Na época, convidou a mim, o jornalista Rosivan Wanderley (já falecido), o Cláudio Humberto [Rosa e Silva, grande jornalista] e a Diana [Monteiro] que se tornou minha grande amiga, cunhada e depois comadre, além do nosso fotógrafo, Manoel Mota, que faz parte do quadro da Ascom até hoje”, relembrou. Segundo Márcia, por 20 anos, ela e Diana foram as únicas jornalistas do setor.

Na época não existia a profissão aqui, éramos todos assistentes administrativos. Existia a ascensão funcional, onde por meio de provas internas, se crescia. Quando eu e Diana estávamos formadas e estudando, o governo criou a Lei da Isonomia, em que todos que tivessem dois anos de formação e atuação profissional no setor, seriam encaixados na profissão. Foi o que aconteceu comigo e com Diana”, explicou. A partir daí, a vida de Márcia na Ufal começou a evoluir.

Na Ascom, atuou como coordenadora do setor por duas vezes: em 1992, na gestão da então reitora Delza Gitai - “primeira mulher reitora e eleita por votação direta” - e na gestão da reitora honorária, Ana Dayse Dorea, em 2007 - “Fiquei os cinco anos, até o fim”, acrescentou. Hoje, atua como chefe de redação na Assessoria de Comunicação e classifica seu trabalho como gratificante. “É assim a cada dia mais. Não é que eu me sinta segura e saiba de tudo, mas a gente sabe os caminhos e tudo fica muito prazeroso”, disse ela.

'Diziam que assessoria era apenas jabá'

Em seus trinta anos de serviço, Márcia viu, não só o nascimento da Assessoria da Ufal, mas também o avanço do trabalho de assessor em Alagoas. Antes, segundo ela, era uma profissão discriminada. “ Diziam que era tudo jabá. Mas isso começou a mudar quando jornalistas conhecidos nacionalmente começaram a assessorar grandes empresas. Todos foram vendo o que era o trabalho de um assessor de comunicação e a situação foi melhorando, até os dias de hoje”, relembrou a jornalista.

Hoje, ela avalia a Ascom como um setor evoluído e comemora a chegada de um profissional da área de Relações Públicas, para ela, um sonho realizado. “Quanto à nós, aqui, um ganho excelente esse ano, foi um profissional de relações publicas, que está para chegar. Este sempre foi um trabalho extremamente importante, mas apesar da terceirização por três vezes, nunca conseguíamos emplacar pela limitação existente no serviço publico. Antes de me aposentar, gostaria de ver uma comunicação interna bem feita, não só para ampliar o mercado de trabalho, mas para valorizar o profissional de comunicação", salientou Márcia.

E seus passos na Ascom não param por aí. “Nós somos a segunda assessoria mais bem estruturada de Alagoas em termo de pessoal, com um trabalho muito prazeroso, um ambiente muito gostoso e... haja responsabilidade. Mas a Universidade é, realmente, um lugar muito bom de se trabalhar, todos são recepcionados muito bem. Sem contar que temos boas perspectivas para um prédio novo, num projeto que está em desenvolvimento. Então, a gente percebe que a valorização e o crescimento do profissional, nesses 30 anos, foi muito grande”, avalia.

'Colaborar na formação de uma nova legião de jornalistas é um orgulho'

Márcia já viu diversos estudantes de comunicação passarem pela Ascom, dentre alunos de jornalismo, relações públicas e design. Muitos deles, inclusive, são seus amigos até hoje. Segundo ela, a colaboração na formação do aluno de comunicação é o que lhe dá mais orgulho em seus trinta anos de serviço. “Vamos dizer assim, o que eu tenho mais orgulho nesses 30 anos? É acompanhar a formação de uma nova legião de jornalistas. Desde o primeiro momento sempre tivemos bolsistas e fico muito feliz de ver que muita gente deseja vir pra cá, diz que aqui é referência e bom de trabalhar. Esse sempre foi o nosso foco!”, revelou. “E aqui nada seria do mesmo jeito se não fossem os bolsistas, todos que passaram por aqui deixaram boa história, bom legado, amizade”, orgulha-se Márcia, que completa dizendo do prazer que sente em poder trabalhar com tantos jovens.

'Na Ufal, obtive amadurecimento e crescimento profissional'

Quando entrou na Universidade Federal de Alagoas, Márcia tinha apenas 20 anos e ainda estudava. Mas, com o passar do tempo, aprovação no concurso e evolução no serviço, ela orgulha-se de ter obtido amadurecimento e segurança. “Aqui, eu aprendi, acima de tudo, a fazer amigos, enfrentar diferenças e galgar cada degrau. Sempre achei e continuo achando que é no trabalho onde temos que nos dedicar a enfrentar as diferenças, pois é nele que conhecemos a vida e precisamos conviver e compartilhar trabalho diariamente, principalmente na comunicação que não trabalhamos sozinhos”, opinou a servidora.

Sua história com a maior instituição de ensino superior de Alagoas, na verdade, começou um pouco antes: aos 16 anos, quando ingressou na faculdade de jornalismo. Ou seja, Márcia está aguardando o ano de 2015, em que irá comemorar 30 anos de formada. “Se somarmos tudo, eu tenho, então, 34 anos de Ufal. Olha que incrível! Nesse tempo todo acompanhei muitas coisas, como a determinação dos reitores e suas vontades de fazer a Ufal crescer sempre mais. É graças a eles que chegamos aqui até hoje”, apontou.

Para ela, a evolução da Ufal foi maravilhosa, não só por ser uma instituição que forma novos profissionais, mas pelo fato de ser o maior projeto de desenvolvimento de Alagoas. “Passamos de um jornal impresso distribuído mão a mão, tivemos páginas nos jornais da cidade, entramos na era dos portais e adquirimos credibilidade com os meios de comunicação. Quanto à Universidade, assiti a passagem de 3 mil alunos para 30 mil, atualmente! Então, tomara que cresça mais, que se expanda mais pois, pra mim, é um prazer imenso ver esse crescimento e essas oportunidades para o pessoal do interior, eles merecem muito!”, comemora.

Ainda segundo ela, sua vida se mistura completamente com o lado profissional. “Fiz amizade com Diana, conheci o irmão dela que virou marido, hoje tenho filhos, então a história se confunde mesmo. Minha filha costuma me perguntar 'quer dizer que devo minha vida à tia Diana?' (risos) e eu a respondo 'É mais ou menos isso'”, salientou. A servidora aproveitou ainda para agradecer à Ufal por fazer parte de sua vida pra valer. “Em todos os sentidos, a minha formação, inteira, eu devo à Ufal”, revelou Márcia.

E, pra você, trabalhar com Márcia é...?”

Ansiosa, amorosa, de boa intenção, amiga, compreensiva, detalhista... ou seria firme? Esses são alguns dos adjetivos que a personagem dessa história utilizou para se autodescrever. E quem a conhece sabe que, ao menos um deles, ela, realmente possui. Ou seriam todos? Quem conhece Márcia Alencar não poderia ficar de fora desse momento especial e aproveitou para responder à pergunta acima. Vamos começar pelos bolsistas?

Estou aqui na Ascom há mais de dois anos e... a gente sempre teve um contato bacana. Um momento que nunca vou esquecer foi quando ela passou uma semana dizendo que eu tinha que almoçar direito (risos). Então, além de ser uma jornalista muito profissional em tudo que faz, ela acaba se tornando, também, uma mãe, uma amiga que conversa com a gente sobre diversas coisas, sobre a vida e carreira profissional também, sempre dá toques e conselhos... Sobre tudo. Sempre nos recebe feliz, doce e o engraçado é que quando a gente está um pouco estressado ela sempre diz 'calma, minha gente, tudo vai ficar bem... tudo se resolve, já passei por isso diversas vezes, é muito tempo de trabalho, isso vai ficar bem e tudo vai passar'”, disse Keila Oliveira.

Trabalhar com Márcia é uma aprendizagem cotidiana. Eu fui bolsista da Ascom dos 17 aos 20 anos e posso dizer que cresci profissionalmente devido ao apoio e confiança dela. Marcinha é minha professora, amiga e madrinha de profissão”, agradeceu Myllena Diniz. A bolsista Emanuele Divino falou sobre a confiança. “Ela perguntou se eu gostaria de ficar aqui mais tempo e eu disse que sim, pois a Ascom é tipo uma mãe, ela acolhe a gente. Então, trabalhar com a Márcia [e com a Simoneide] é um prestígio.

"Trabalhar com a Márcia pra mim foi um aprendizado maravilhoso! Toda a base de Comunicação, mais precisamente Assessoria de comunicação, aprendi com ela e trouxe comigo para as novas experiencias profissionais. Além da ótima referência profissional, vejo nela um coração de mãe enorme que me acolheu não só pelo tempo que estive na Ascom", revelou Ana Carolina Lira, ex-bolsista de Relações Públicas, seguida por um dos atuais bolsistas da área, Jônatas Medeiros, que declarou ser um aprendizado diário trabalhar com Márcia.

As servidoras também quiseram homenagear a amiga. “Trabalhar com Márcia para mim significa um aprendizado diário, não só no Jornalismo, mas na vida. Quando cheguei à Ascom em 2008, ela era coordenadora, e logo eu descobri que tinha ganho uma amiga e não uma simples colega de trabalho. Márcia tem um jeito mãezona de ser, ou seja, elogia, ama, mas também sabe puxar as orelhas quando necessário. Tomara eu chegar aos meus 30 anos de Ufal com tanta competência e sendo tão bem quista por todos assim! Parabéns, Marcinha!”, declarou Rose Ferreira.

Trabalhar com a Márcia é ter um exemplo de jornalista comprometida com a ética e o aprendizado constante. Quantas vezes enquanto era estagiária da Ascom, fui surpreendida com uma indicação de texto, um livro, um ensinamento? Foram muitas. Hoje, como funcionária, me sinto muito feliz em ter tido a Márcia como "chefe" e "tutora". Com certeza posso dizer que aprendi muito com ela, principalmente a buscar sempre mais da minha profissão, que mesmo sem exercer totalmente me faz tão feliz. Parabéns por estes 30 anos, Márcia, e obrigada por tudo!”, agradeceu Jacqueline Freire.

"Para mim, trabalhar com ela é um aprendizado! É um incentivo a querer fazer sempre melhor, porque o nosso ofício exige muito, mas, quando se sabe que bem ao lado tem alguém que confia na gente, nossa obrigação vira prazer! E por outro lado, é um porto seguro ter na equipe uma pessoa com tanta experiência pra passar", comentou Manuella Soares.

Sua cunhada, amiga e comadre, Diana Monteiro, não poderia ficar de fora. “A solidariedade e o profissionalismo, em minha opinião, resumem todas as virtudes da Márcia: como pessoa e como competente jornalista que é, que a tornam inclusive, referência em sua área de atuação no ambiente de trabalho, a Ascom, e externamente, e é inegável a sua colaboração para o crescimento e evolução das ações de comunicação da Ufal. Portanto, o que posso dizer é que conviver com Márcia é ter o privilégio da boa convivência e de aprendizado a cada dia”, concluiu.

E sua grande amiga, Simoneide Araújo, atual coordenadora da Ascom, mesmo distante, mandou um emocionante recado. De acordo com Simon, como é conhecida por todos, essa data é muito significativa, não só pra ela, como para toda a Ufal por contar com uma servidora competente e profissional. "Para a Ascom, ela é fundamental. Sem ela eu não faria esse trabalho. A gente é... parceira! Eu tenho quase 21 anos de Ufal e, nesse período, tenho quase 18 anos de convívio com ela, tanto na minha vida profissional, quanto na pessoal. Minha relação com ela vai além da Universidade, pois além de ser minha grande companheira de trabalho, ela é minha 'amiga-irmã', a pessoa que eu sei que posso contar em todos os momentos, pois é uma segurança tê-la por perto. Então, eu parabenizo muito esses 30 anos de trabalho e dedicação que Márcia tem dedicado à Ufal e ainda bem que ela não pode se aposentar ainda... Afinal, seria muito difícil ela sair da Ascom, pois perderíamos uma grande profissional e eu ficaria sem minha amiga no dia a dia. Um beijo grande!", parabenizou Simoneide.