Dedicação e compromisso conduzem crescimento do Igdema
Efetivação do primeiro mestrado em Geografia, a se iniciar em agosto, é comemorada pela comunidade acadêmica do curso
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Diana Monteiro - jornalista
Com histórico que antecede a fundação da Universidade Federal de Alagoas, em 1961, o curso de Geografia tem seis décadas de existência, completadas este ano, e é referência local e regional no desempenho do trabalho conectado com o desenvolvimento e meio ambiente. O grande sonho da comunidade acadêmica foi finalmente realizado este ano: em agosto próximo começam as aulas do primeiro mestrado, considerado passo inicial importante para a consolidação do Programa de Pesquisa e Pós-Graduação.
Como dizem o diretor José Ferreira Neto e a vice-diretora da unidade, Silvana Quintella, reeleitos para mais quatro anos à frente do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema). “O mestrado é fruto de muita dedicação de um corpo docente comprometido com o crescimento e engrandecimento para a evolução do conhecimento científico e formação profissional qualificada”.
Eles afirmam que foram cinco anos de luta e empenho junto à Capes para a aprovação do mestrado. “O curso vem atender um antigo anseio da comunidade do Igdema e dos profissionais de Alagoas e é de fundamental importância para o aprimoramento do ensino e da pesquisa na área e, por conseguinte, para a intervenção no espaço regional", comemoram José Vicente e Silvana, que apontam a vitória como primeira meta atingida em 2014 para o crescimento do instituto.
O mestrado em Geografia tem como área de concentração a Organização do Espaço Geográfico, a partir dos estudos da organização à luz dos processos sociais, físico-naturais e suas interações e está centrado em duas linhas de pesquisas: Dinâmica socioambiental e geoprocessamento e Organização socioespacial e dinâmicas territoriais.
Doutorado em 2017
José Ferreira e Silvana Quintella anunciam que será implantado até 2017 o primeiro doutorado e o fortalecimento da pós-graduação será reforçado pela construção de um novo espaço denominado de Núcleo de Geografia Aplicada, aprovado pelo conselho do instituto e já consta no Plano de Desenvolvimento da Unidade (PDU), para construção. “A nova estrutura possibilitará estudos científicos em áreas como: sensoriamento remoto; geoprocessamento aplicado, expansão de algumas áreas como Geoestatística, sedimentologia e a perspectiva de trabalhar na área de Inteligência Artificial”, enfatizaram.
A vice-diretora Silvana Quintella acrescenta: “O mestrado consolidado garantirá a implantação do doutorado e assim atingiremos mais uma importante meta que é dotar o Igdema de um Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia pleno, fundamental para o seu fortalecimento como espaço de ensino e pesquisa conectado com os avanços da ciência nessa área”, enfatizou.
Ações ampliadas
Oriundo da então Faculdade de Filosofia, o curso de Geografia, a partir da criação da Ufal, passou a integrar o Centro de Ciências Exatas e Naturais (CCEN). Já em 2006, com a nova estrutura administrativa da instituição, conseguiu a própria unidade de ensino e agregou o curso de Engenharia de Agrimensura. Mas a rotina acadêmica do Igdema não é restrita apenas aos dois cursos. Também são ofertadas disciplinas que contemplam também outras graduações, a exemplo de Arquitetura, Meteorologia e Ciências Sociais.
No início do 2º semestre deste ano letivo, a comunidade acadêmica e administrativa do Igdema tem mais um motivo para comemorar. Será entregue o novo prédio, dotando de mais estrutura as atividades de ensino, pesquisa e extensão. “O prédio, construído com recursos do Reuni, terá o acesso pelo atual, somando-se assim a estrutura existente e ampliando dessa forma o espaço físico do instituto. Além de mais sete salas de aula, abrigará mais nove laboratórios e ainda oferece condições para implantação de novos espaços científicos”, frisou o diretor José Vicente.
A ampliação das ações acadêmicas do curso de Geografia tem reflexo na licenciatura e no bacharelado na modalidade presencial e na licenciatura a distância, ofertada nos municípios de Arapiraca e Palmeira dos Índios. O instituto oferta para a sociedade cursos lato sensu em Análise Ambiental e Ensino de Geografia, este último tendo como público alvo profissionais da rede pública de ensino graduados na área de Geografia e licenciaturas afins, graduados recém-formados com interesse em atuar na disciplina de Geografia na educação básica e nas universidades.
O Igdema, além de projetos com foco em desenvolvimento e meio ambiente, tem em atividade o Núcleo de Estudos sobre Indicadores Sociais e Ambientais (Neisa). O Núcleo tem como objetivo compor um banco de dados relativo aos principais indicadores sociais do Estado de Alagoas na perspectiva de propor diagnósticos e estudos visando à elaboração de propostas de intervenção nos municípios considerados prioritários.
A sociedade teve a oportunidade de conhecer mais de perto o que o instituto oferta como espaço de ensino, pesquisa e extensão em Geografia e Engenharia de Agrimensura e a importância da qualificação de recursos humanos em consonância com o mercado de trabalho. Tudo isso foi mostrado na Mostra de Cursos e Profissões durante a realização do 1º Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite), realizado em 2013.
Confiança e cumplicidade
A evolução do curso de Geografia da Ufal e o caminhar a cada dia vislumbrando a sua consolidação como ciência não seria possível se não houvesse o compromisso do corpo docente para o crescimento e desenvolvimento científico. Nessa caminhada estão o atual diretor José Vicente Ferreira e a vice-diretora Silvana Quintella, referências para a comunidade acadêmica na liderança para efetivação das atividades acadêmicas e administrativas, independente do cargo que ocupam. Silvana já foi diretora da unidade e, agora, compõe como vice-diretora a gestão de José Ferreira.
A afinidade que existe entre ambos, amigos há mais de 30 anos, passa pela identificação quanto ao compromisso com a instituição e serviço público, o que reflete positivamente na vida acadêmica que os une a objetivos comuns. José Ferreira e Silvana Quintella consideram a identificação existente como a principal característica para a cumplicidade entre ambos. “Essa cumplicidade traz a confiança nas decisões e mesmo quando há discordância, sobrepõe-se a discussão para um trabalho discutido e compartilhado porque o objetivo perseguido é comum: consolidar cada vez mais o Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal de Alagoas como espaço de evolução da ciência nas respectivas áreas de atuação”, destacaram José Ferreira e Silvana Quintella, animados para novos desafios.