Sou Ufal: Luciene Lima faz uma reflexão de seus 30 anos de Universidade
Servidora destaca as relações interpessoais e lembra que nunca é tarde para aprender
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Jacqueline Freire – jornalista colaboradora
Desde o dia 13 de março de 1985, Luciene Ferreira de Lima dedica suas horas de trabalho à Universidade Federal de Alagoas. Para ela, todo esse tempo na Ufal trouxe não só conhecimento e experiências, mas um grande saudosismo. Luciene lembra com animação das confraternizações realizadas a partir de 2006 e os Encontros de Servidores - ambos realizados pela Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep) e que para ela são muito importantes para reencontrar amigos e aprender.
No entanto, avalia, nessas três décadas, as novas gerações de servidores que parecem, segundo ela, não dar tanta importância ao contato social. “Infelizmente o tempo faz a gente ficar mecânico e não ligar muito para os contatos pessoais”, disse. “Lembro que, em 1994, o filho de uma colega aqui do setor sofreu um acidente e ficou paraplégico. Fizemos campanhas para arrecadar dinheiro e conseguimos ajudar nos custos do hospital e a comprar um carro adaptado para ele. Hoje, até para comemorar o aniversariante do mês é uma dificuldade, estamos escravos das máquinas e pensando muito no dinheiro. Não sei o que está acontecendo com as pessoas”, afirmou.
Para Luciene, técnica em contabilidade, a Universidade também trouxe grandes realizações em sua vida. Lotada no Departamento de Contabilidade e Finanças (DCF), a servidora já passou pelo setor de convênios, direção adjunta e hoje é diretora substituta do setor. Antes disso, ela foi serventuária da justiça no Fórum de Maceió, ligado ao Tribunal de Justiça (TJ). Segundo ela, trabalhar na Ufal é uma grande experiência. “Gosto muito das atividades que desenvolvi e que hoje desenvolvo na Instituição. Tudo me marcou, as oscilações de competências de acordo com as saídas e entradas de gestores, as amizades que fiz ao longo dos anos, entre outras”, disse.
Ontem e hoje
Quando começou a trabalhar na Ufal, Luciene conta que teve de parar os estudos, pois casou e logo teve uma filha, que nasceu com necessidades especiais. Aos 52 anos, com a possibilidade de estudar a distância, ela fez faculdade de Administração e pós-graduação em Recursos Humanos. “Digo sempre aos meus amigos: estudem! Hoje temos muitas oportunidades, só não estuda quem não quer”, alertou.
Luciene hoje é casada e tem duas filhas. Seus planos são continuar contribuindo com a Instituição ainda por um tempo. “Depois, irei passar as atividades para os mais jovens”, disse.