Campi A.C. Simões, Arapiraca e HU recebem servidores

Dois médicos, dois docentes, uma bibliotecária e um TAE iniciaram os trabalhos esta semana


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Empossados contaram com presença de familiares para a cerimônia
Empossados contaram com presença de familiares para a cerimônia

Jhonathan Pino - jornalista

A quinta-feira de pós-carnaval, 11, literalmente foi o início de um novo ciclo para seis servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Foi o primeiro dia de trabalho dos docentes Hugo Santos e Leonardo Mendonça, além dos técnico-administrativos Pedro Lôbo, Luciane de Lima, Edvânia Cosmo e Helder Viana. Todos foram empossados na última sexta-feira, 5, na primeira cerimônia realizada de forma coletiva pela reitora Valéria Correia.

Leonardo Mendonça foi aluno da graduação de Engenharia Química e após ter terminado o Mestrado, também no Centro de Tecnologia (Ctec), viu a oportunidade de ser professor na mesma unidade. “O concurso foi um dia depois de eu ter terminado o Mestrado. Foi realmente uma vitória, depois de tanta batalha. Meu primo, Felipe Mendonça, trabalhou no DAP [Departamento de Administração de Pessoal] e ele sempre me incentivou a fazer concursos. A minha namorada foi a força para que eu fizesse essa prova”, lembrou o servidor.

Os médicos Pedro Lôbo e Luciane de Lima também conhecem a Ufal há longo tempo. Eles estudaram na Faculdade de Medicina (Famed), fizeram residência juntos, no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), e agora voltaram para a instituição, na função de anestesiologista. “Eu sou do mesmo concurso que o Pedro, que é meu amigo. É muito feliz estar voltando para a Ufal. A minha vida acadêmica foi toda aqui: fiz faculdade e residência no HU. Meu irmão até fala que eu tenho uma dívida com a Ufal, pois todo mundo da minha casa se formou aqui”, comentou a servidora.

Pedro não pôde comparecer à cerimônia e foi representado pela sua mãe, Gabriela Lôbo. “Hoje sou uma pessoa explodindo de felicidade e orgulho porque meu filho está entrando no HU”, disse.

Helder Viana é do município de Murici. Ele foi outro que estudou na Ufal e até a semana passada trabalhava no cargo de assistente administrativo. Nesta quinta-feira, ele iniciou suas atividades como Técnico em Assuntos Educacionais (TAE). “Eu acho que esse momento é muito importante para nós, em particular para mim, que sou do interior. A Ufal mudou a minha vida e me deu oportunidades para construir uma instituição melhor”, falou.

Nova casa para pernambucanos

Edvânia Cosmo veio direto de Recife para assumir o cargo de Bibliotecário-documentalista no Campus Arapiraca. Ela contou que foi a primeira da família a fazer nível superior e repetiu o pioneirismo ao assumir um cargo público.

“Por ser de origem humilde e ter estudado a minha vida toda em escola pública, eu me sinto orgulhosa pela conquista, de tanto ser a primeira a estudar em universidade pública, quanto ser a primeira da família a ser concursada. Eu tenho sido um espelho para as minhas irmãs, para os meus sobrinhos e isso é uma realização muito grande para a toda a minha família, que esteve o tempo todo torcendo por mim”, pontuou.

Também recifense, Hugo foi a posse com a sua mulher e relatou o sonho de ser professor da Faculdade de Direito (FDA). “Apesar de recifense, já moro aqui há alguns anos. Então eu me sinto alagoano erradicado e é uma oportunidade que eu tenho agora de retribuir melhor todo o carinho que eu recebi. É um grande sonho. Eu trabalho com Criminologia e aqui, em Alagoas, a gente tem problemas sérios de violência e agora eu vou tentar contribuir mais com pesquisas e com certeza vou fazer o melhor possível”, sentenciou.

Autonomia e dever social

Estiveram presentes à solenidade o vice-reitor José Vieira, os pró-reitores de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep), Caroline Abreu, e de Pós-graduação e Pesquisa (Propep), Alejandro Frery. Ao lado deles, Valéria falou da importância de prestar um serviço público, aliado à prática de valores como a autonomia, o ambiente democrático e o atendimento aos anseios sociais.

“A Universidade é crítica, a gente sabe que a produção do conhecimento deve ser crítica. A gente não é um mero repositório da educação. Também é um princípio dessa gestão ser socialmente reverenciada. O estado de Alagoas aparece com índices sociais perversos e que precisam ser modificados. A gente está entre os piores IDH [índice de Desenvolvimento Humano] do mundo e a gente sabe que a Universidade tem uma dívida histórica para reverter esses índices sociais”, enfatizou a reitora.

O vice-reitor falou que os servidores não podem deixar de lado suas emoções no dia a dia. “Nós temos hoje a oportunidade de trabalhar e de devolver a essa sociedade aquilo que em algum momento a gente já recebeu por meio da contribuição. Essa gestão vem com esse compromisso, recebe vocês com muito prazer e convoca vocês para participar desse projeto”, pontuou.