Estudo na Reitoria aponta que 76,3% dos servidores têm dor músculo-articular
Pesquisa mostra ainda que a maioria dos entrevistados é sedentária e passa muito tempo sentada
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Ascom Ufal
O ano de 2016 foi escolhido pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (Iasp) como o Ano Mundial Contra Dor nas Articulações, com o objetivo de chamar a atenção para uma ampla variedade de doenças e condições que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.
A revista Dor, meio oficial de divulgação científica da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), publicou recentemente um trabalho de pesquisa realizado com os servidores lotados na Reitoria da Ufal e coordenado pelo professor Jean Toscano, do Curso de Educação Física.
O estudo intitulado Prevalência de dor em servidores públicos: associação com comportamento sedentário e atividade física de lazer teve como objetivo verificar a frequência de dor nos servidores e associar com a prática de atividade física e o tempo sentado.
Todos os setores que compõe o prédio da Reitoria tiveram representantes na amostra do trabalho, ao todo 156 servidores fizeram parte do estudo. Os resultados apontaram que 76,3% relataram algum tipo de dor crônica músculo-articular. Aproximadamente 65% dos servidores não acumulam pelo menos 150 minutos de atividade física de lazer durante a semana. Quanto à exposição a comportamento sedentário, 88,5% passam uma quantidade considerada elevada de tempo sentado no trabalho.
Ao fazer o cruzamento entre a dor e os comportamentos investigados, foi observado que os servidores que relataram maior tempo sentado tiveram maiores problemas com dor, principalmente na coluna. Já com a atividade física não foi possível verificar diferença significativa entre aqueles que sentiam dor e a prática ou não de atividade física de lazer.
“Os resultados encontram respaldo no que vem sendo discutido na literatura científica na área de epidemiologia da atividade física. Mesmo nas pessoas que praticam atividade física moderada a vigorosa durante o lazer, o tempo prolongado na posição sentada pode promover efeitos nocivos à saúde, como a presença de dor. Isso sugere que esse comportamento por si só representa um fator de risco em potencial para a saúde das pessoas, havendo necessidade de avaliar e intervir tanto nos indicadores de comportamento sedentário quanto na prática de atividade física”, explicou o professor Jean Toscano.
Confira o artigo em anexo, na íntegra.