Valéria Correia destaca apoio de universidades à Bienal

Bienal alagoana é um destaque no Brasil porque é a única realizada por uma universidade federal, de maneira totalmente gratuita para a população


- Atualizado em

Marcio Cavalcante – jornalista colaborador

A 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, já consagrada como maior evento literário e artístico do cenário cultural alagoano, conta com a parceria de diversas instituições de educação desde a sua fase mais embrionária do processo de produção. A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), responsável pela organização geral está acompanhada do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (Ifal), da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e do Centro Universitário Cesmac, todas essas instituições com estandes no pavilhão do evento realizado no Centro de Convenções de Maceió, oferecendo ao público visitante um leque de informações que vão desde cursos oferecidos pelas instituições e ainda a apresentação de projetos pioneiros que seus núcleos de pesquisa e extensão têm desenvolvido.

Para a reitora da Ufal, Valéria Correia, a Bienal alagoana é um destaque no Brasil porque é a única realizada por uma universidade federal, de maneira totalmente gratuita para a população. “Somos uma universidade a serviço do povo alagoano. Inclusive este é o lema estampado em nosso estande. Em cada canto desse Estado, nos 56 anos de gerações e gerações que a Universidade influenciou, a Ufal forma e contribui em cada política social, no setor produtivo, na cultura e nas artes”, afirma a reitora.

Visionária, a reitora destaca a necessidade de evolução social e de atuação do Estado, onde se insere a academia. “Sabemos que ainda temos muitos desafios, porque o Estado precisa reverter seus índices sociais, e sobre os desafios que se apontam no presente para o futuro, a universidade também tem de pensar sobre esse papel social”, adverte.

“Realizar a 8ª edição da Bienal com a presença de instituições como o Ifal, a Uneal e o Cesmac, que é uma instituição filantrópica, é importante porque estas instituições contribuem com a formação dos indivíduos e impactam socialmente o Estado. E elas têm a possibilidade de expor os seus trabalhos realizados, através de seus estandes, socializando o trabalho de pesquisa e de extensão neste ambiente em que circulam mais de 20 mil pessoas por dia. Estes órgãos mostram é a presença do saber, da formação profissional, da formulação do conhecimento e das atividades de extensão. E nunca é demais repetir o valor da literatura na formação do ser humano, pois os livros envolvem e libertam”, completa a reitora Valéria.

 Ifal destaca projeto Táxi Drive em parceria com o Porto de Maceió

O professor Genilton Lopes, do curso de Turismo do Ifal e coordenador de eventos desta Instituição de ensino, fala do processo de crescimento e dos projetos que se destacam. “É com grande satisfação que demonstramos as novas ações que o Ifal vem desenvolvendo. Depois de ser elevado do patamar de uma Escola Técnica, depois um Centro Federal, que ofereceu cursos superiores, e agora, configurado como Instituto Federal, está oferecendo além das graduações superiores, cursos técnicos, de pós-graduação, e temos projetos de mestrados, e muitas pesquisas em seus 16 campi. Então, temos hoje o tripé ensino/pesquisa/extensão, o que caracteriza a natureza de uma universidade”, destaca.

Lopes convida a comunidade acadêmica e população em geral para conhecer os projetos de pesquisa e extensão do Ifal, através das publicações e das revistas que estão expostas no estande. “Inclusive, um dos projetos que destacamos é o Táxi Drive, do cais do Porto, em parceria com o Porto de Maceió. Desenvolvemos uma pesquisa com os navios cruzeiros, resultando, até o final de 2018, num terminal de passageiros. Neste projeto, um motorista irá deslocar o turista por Maceió, mostrando a cidade de uma forma que ele possa constatar que somos um povo hospitaleiro. Este é justamente um projeto de extensão do Ifal Campus Maceió”, conclui.

Uneal: comprometimento com educação e acessibilidade à literatura e à arte

A assessora de comunicação Mariana Moura, da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), destaca que reitor da instituição, professor Jairo Campos, não tem medido esforços para que a Uneal continue a cumprir o seu papel de instituição de ensino superior comprometida com a educação de qualidade e promovendo o acesso à cultura e à literatura, por isso, a parceria desde a gênese neste evento, dada a sua natureza de agregar valores à formação de maneira mais universal dos estudantes universitários.

“Neste sentido, participar da 8ª Bienal de Alagoas, é para a Uneal um motivo de grande realização e orgulho. Primeiro porque divulgamos o trabalho da Universidade e de sua editora (Eduneal) – o que já é um grande avanço, considerando o fato de a Universidade Estadual ter uma editora –, então, esta participação mostra o nosso comprometimento com a construção deste cenário em que educação, leitura, arte, ensino, se mesclam na formação de indivíduos”, destaca.

Mariana Moura aproveita para convidar toda comunidade para o lançamento do livro do professor Jairo Campos. O título é Um jeito de Olhar (Eduneal, 2017), que será lançado às 19h, no estande da Uneal na 8ª Bienal.

Cesmac utiliza realidade virtual para reabilitação motora de idosos

Professora Maria do Desterro, membro da Pró-reitoria Acadêmica do Cesmac e coordenadora do curso de Fisioterapia do Cesmac destaca o apoio da Ufal na divulgação dos projetos do Cesmac durante a 8ª Bienal. “É de todo interesse do Cesmac o fomento à literatura, fazendo compreender a importância do livro no processo de formação dos indivíduos. Assim, envolvemos toda a nossa comunidade acadêmica para vivenciar a dimensão de um evento como este, conhecendo bons escritores, boas publicações. Então, a parceria do Cesmac com a Bienal, é a nossa menina dos olhos. Nós esperamos ansiosamente a chegada de cada edição para celebrar este momento de cultura e apresentar nossos projetos”, afirma.

A professora destaca a plataforma digital para tratamento de idosos, sob a responsabilidade do professor Felipe Rebelo, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Envelhecimento, do curso de Fisioterapia do Cesmac. “Apresentamos uma linha de pesquisa do nosso grupo de estudos, em que trabalhamos com realidade virtual tanto a não-imersiva quanto a imersiva, através de vídeo games que trabalham a questão motora e funcional. Como o game é um tipo de realidade virtual que simula o ambiente real, e para que você possa interagir, você tem que se movimentar, a gente utiliza este dispositivo como recurso da fisioterapia. Desta forma, acontece muito mais envolvimento e interação por parte dos pacientes, o que resulta em maior aproveitamento dos tratamentos, reduzindo e muito o risco de queda de idosos”, destaca.