Fórum dos servidores técnico-administrativos da Ufal debate jornada de 30 horas

Representantes da Fasubra e do Sintufal contribuíram nas discussões


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Lenilda Luna - jornalista

A segunda edição do Fórum dos Servidores Técnico-Administrativos da Ufal, realizada nesta quinta-feira (27), teve como tema principal a questão da flexibilização da jornada de trabalho. Compuseram a mesa de abertura, presidida pelo reitor em exercício, professor José Vieira, os seguintes representantes: Carolina Abreu, pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progep); Fabiana Rechembach, servidora da Ufal; José Roberto Rodrigues, Sintufal; Paulo Jorge Omena, Atufal; José Maurício Pereira Pinto, assessor executivo da Reitoria do Ifal; e Gibran Ramos Jordão, da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Universidades Brasileiras (Fasubra).

Na saudação aos técnicos, o reitor em exercício, professor José Vieira, destacou o compromisso da gestão de fortalecer o fórum como espaço para debater e aprofundar temas fundamentais para a Universidade. "Queremos encontrar formas de atender às reivindicações dos trabalhadores da universidade, a partir de um diálogo democrático, garantindo um melhor funcionamento da instituição, que presta um serviço relevante à população, e respondendo aos mecanismos de controle do Governo de forma eficiente", esclareceu José Vieira

A primeira palestra foi proferida por Fabiana Rechembach, que recentemente foi transferida da Universidade Tecnológica Federal do Paraná para compor o quadro da Ufal. Fabiana é especialista em Direito Público, com ênfase em Magistério Superior, e mestra em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas. Ela fez um histórico das mobilizações para a implantação de uma jornada de trabalho flexibilizada nas universidades federais e das portarias e leis que amparam legalmente a reivindicação. "Fico muito feliz que a minha primeira tarefa como nova servidora da Ufal seja a participação nesta discussão importante para garantir qualidade de vida aos trabalhadores", declarou a palestrante.

Em seguida, Gibran Jordão, da Fasubra, fez um histórico do controle do tempo na sociedade moderna, baseada numa vigilância rigorosa da força de trabalho para a geração de lucros. O sindicalista destacou que a discussão sobre a jornada é histórica e tem como princípio que os trabalhadores tenham uma condição de vida mais digna. "Discutir a jornada de trabalho é uma forma de debater as estratégias de luta contra concepções conservadoras que defendem que o trabalhador deve viver para trabalhar, quando nós defendemos que é preciso trabalhar para viver, e ter tempo para outras dimensões da vida, que são direitos do trabalhador", destaca Gibran.

O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), Davi Fonseca, reforçou a importância do fórum como espaço de debates. “As discussões do fórum estão sendo encaminhadas para o Grupo de Trabalho que tem a missão de aprofundar o estudo e elaborar propostas viáveis, do ponto de vista técnico e normativo, para implementar as políticas de gestão com relação aos servidores, respondendo as anseios que são colocados pelos técnicos, tanto com relação a qualificação como a flexibilização da jornada de trabalho”, ressaltou Davi.

No final da manhã, foram escolhidos representantes da categoria para compor o Grupo de Trabalho que vai sistematizar as propostas apresentadas no Fórum. "Esse GT vai trabalhar de forma intersetorial, em conjunto com a Progep, para organizar as propostas que serão apresentadas ao Conselho Universitário. Foi assim que fizemos com o tema da qualificação, que foi abordado ano passado. O GT formado na ocasião já elaborou uma resolução e alguns desdobramentos práticos já foram observados", concluiu a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Carolina Abreu.