Assédio Moral é tema de oficina realizada pela Ufal com seus gestores

Evento faz parte de uma agenda de abordagem do tema

Por Pedro Ivon - estagiário de Jornalismo (Texto e fotos)
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Procurador-chefe do MPT, Rafael Gazzaneo, discursou sobre Assédio nas universidades
Procurador-chefe do MPT, Rafael Gazzaneo, discursou sobre Assédio nas universidades

A manhã desta sexta-feira (28) foi marcada na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pelo debate sobre Assédio moral e ações em universidades. A oficina aconteceu na Sala dos Conselhos Superiores, na reitoria do Campus A.C. Simões e foi direcionado aos gestores da Universidade.

Entre os que fizeram parte da mesa, pode-se destacar a presença da Reitora Valéria Correia e do Procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Rafael Gazzaneo. “Faz parte de uma sequência de ações de combate ao assédio moral na Universidade. Desde 2016 que trazemos esse debate”, explicou a reitora, que também contou que foi composta uma comissão para elaborar uma minuta de uma política de combate ao assédio moral na Ufal.

Já o procurador-chefe do MPT discursou sobre o assunto, explicando sobre o assédio horizontal e vertical, no ambiente de trabalho. Entre outros pontos, também abordou a questão religiosa e que “brincadeira só tem graça quando todos riem”, fazendo referência a tipos de brincadeira que acabam ferindo o outro. “A matéria é fluida, pode ter uma flutuação do tempo: aquilo que consideramos assédio ontem, pode não ser hoje”, explicou, também dizendo que hoje em dia não são raras as denúncias contra assédio.

A chefe de gabinete substituta, Fabiana Rechembach, disse que essa oficina é mais focalizada no diálogo com os gestores, funcionando como uma forma de capacitação, além disso, afirmou que “a administração entende que esse é um tema muito sensível e que precisa ser tratado com frequência”.

Ao longo de todo o evento foram apresentados diversos pontos sobre a temática, explicando inclusive a definição de denúncia na Ouvidoria Geral e o panorama da mesma. A representante da Comissão de Ética da Ufal, Eunice Maria, informou que a Comissão tem basicamente duas funções: ficar responsável pela prevenção e educação e escutar o que é dito. Quando o caso escutado seja identificado como assédio, o caso é encaminhado para a Corregedoria.

Outras ações

Além dessa oficina, outras ações foram realizadas na Ufal com a temática do assédio, como seminários e até mesmo a confecção de uma cartilha, que pode ser encontrada no site da Ufal. Além disso, segundo Valéria Correia, a Ufal também foi pioneira em realizar o primeiro seminário sobre assédio moral.

Para informações sobre assédio, acesse a cartilha da Ufal aqui.