Servidor da Ufal brinca sobre fazer aniversário em anos que não são bissextos

Em 2022 não vai ter 29 de fevereiro, mas os aniversariantes desse dia têm alternativas

Por Manuella Soares - jornalista
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Nada de se preocupar com data. O dia do aniversário nem sempre aparece no calendário. O bibliotecário da Ufal, Jorge da Silva, só viu 12 vezes. Mas não deixa de comemorar. Nascido em 29 de fevereiro de 1976, o mesmo dia só se repetiu quatro anos depois, quando o ajuste do calendário civil teve um dia extra para formar o ciclo completo das quatro estações do ano e ficar com o mesmo tempo do calendário solar.

E o que Jorge tem a ver com esse acerto de contas entre a terra, o sol, as estações e os anos bissextos? “Para mim esta data representa um ciclo importante, mas ela não é a única que devemos lembrar e agradecer. Normalmente damos muita importância ao ciclo anual e por vezes esquecemos de agradecer a Deus por ter acordado, por estar vivo e com saúde”, respondeu, com a calma e paciência de quem já é acostumando à clássica pergunta de todos os anos normais: Você vai comemorar dia 28 de fevereiro ou 1º de março?.

Para a curiosidade em tom de brincadeira, Jorge replica: “Comemoro todos os dias”. É mais simples do que calcular o tempo que a terra gira em torno sol a cada quatro anos. Ou a conta para saber se ele vai fazer 13 ou 46 anos em 2022. Nada muda pra ele! Um a zero para Jorge em cima do ano bissexto!

Aliás, o bibliotecário comemorou vários aniversários sem nem saber qual foi o dia que soprou as velinhas. Ele lembra que só se deu conta da atenção que as pessoas dão a quem nasce nessa data quando já era adolescente.

“O bom de ter nascido nessa data é que você pode começar a ‘bebemorar’ num mês e só terminar no outro. Ter a possibilidade de comemorar em dois meses diferentes é para poucos”, brincou, já dando a entender que ele não deixa crédito de comemoração para usar de quatro em quatro anos. O tempo não espera!

O responsável pelo setor de periódicos Capes na Biblioteca da Ufal é acostumado com organização, disciplina e treinamento. Em sua rotina, Jorge também normalizou o termo e a carga social de completar aniversário. “Comemoro do meu jeito, sem alarde, sem postagens nas redes sociais e sem festinhas. Devemos comemorar a vida e não as datas específicas”, reforçou.

Mas sabe aquela velha história de “não deixar passar em branco”? Não tem bolinho, não tem o 29º dia do mês, mas fica registrada a homenagem da Ufal para Jorge e todos os aniversariantes de fevereiro, em qualquer dia que tenham nascido!

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