Professora da Ufal participa de reunião no Pará sobre incentivos fiscais
Luciana Bandeira foi convidada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará
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A professora Luciana Bandeira, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi uma das convidadas para participar de evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), o Centro das Indústrias do Pará (CIP) e o Sindicato dos Economistas do Estado do Pará (Sindecon-PA). A reunião de trabalho aconteceu na última terça-feira (31), com economistas, acadêmicos e representantes do setor produtivo para uma discussão sobre incentivos fiscais e política econômica verde.
O encontro aconteceu na sede da Fiepa, com duas palestras temáticas, e foi um ensaio para a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 27) que acontecerá no Brasil em Belém do Pará. Durante sua exposição, a professora Luciana Bandeira, contadora e especialista em incentivos fiscais, abordou a relevância dos incentivos fiscais concedidos pelos governos como estratégia para investimentos e geração de caixa das empresas.
Segundo Bandeira, apesar de não ser uma política nova, muitos empresários ainda apresentam desconhecimento das vantagens oriundas desses subsídios. “A gente percebe que ainda existem muitas empresas que, apesar de terem incentivos que já existem há algumas décadas, não têm a consciência de como usufrui-los. Esse esclarecimento é importante porque influencia diretamente no desenvolvimento do estado como um todo, na geração de emprego e renda e fortalecimento dos segmentos da região”, destacou a professora da Ufal.
A segunda palestra da reunião, Mudança climática e política econômica verde, foi apresentada por Douglas Alencar, doutor em Economia e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele apontou para o que acredita ser um cenário de mudanças na economia, que deve transitar para uma pauta focada na exigência pela emissão baixa de carbono. “Essa transição vai acontecer, independente da discussão ou não, e em base disso a gente tem que preparar os nossos negócios para enfrentar este novo momento do capitalismo mundial. A preparação para isso é investindo em pesquisa e desenvolvimento para reduzir a pegada energética e se aproximando de startups de bioeconomia, que é onde estará o lucro nos próximos anos”, considerou Alencar.
O vice-presidente executivo da Fiepa e presidente do CIP, José Maria Mendonça, também reforça a importância da aproximação da academia com o setor produtivo e o papel estratégico dos economistas no centro das discussões. “Esperamos que essas discussões com os professores e acadêmicos prosperem e a gente encontre realmente uma vontade do setor produtivo e do mundo acadêmico de encontrar um caminho para o estado do Pará e para a Amazônia. Nesse sentido, os economistas são imprescindíveis porque geralmente são eles que fazem os projetos para o Sudam e para o estado e formulam a base para que a gente possa requisitar e cobrar das instituições responsáveis”, disse Mendonça.
“Nossa ideia é realizar mais discussões como esta, onde possam sair propostas e sugestões para o Governo Federal, para os Governos Estaduais e para as entidades regionais de desenvolvimento, e com isso todo mundo ganha”, concluiu Edson Roffé Borges, presidente do Sindecon Pará.
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