Universidade Federal de Alagoas capacita mais de 3,5 mil servidores

Foram cerca de 200 cursos nesse período; instituição também realizou o maior concurso docente da sua história

Por Eduardo Almeida - jornalista / Renner Boldrino (fotógrafo)
- Atualizado em
Equipe da Progep
Equipe da Progep

Apesar das restrições impostas pela pandemia de covid-19 e pela escassez de recursos públicos, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) registrou avanços na área de gestão de pessoas nos últimos três anos. Durante esse período, a instituição capacitou mais de 3,5 mil servidores, disponibilizando cerca de 200 cursos, e realizou o maior concurso docente da história da Universidade, com 70 vagas.

Entre os anos de 2020 e 2022, foram lançados nove editais e nomeados 87 técnicos-administrativos, sendo 53 da classe D e 34 da classe E; 113 professores do magistério superior; e três professores do ensino básico, técnico e profissionalizante. Além desses editais, foram lançados processos seletivos para contratação de professores substitutos para suprir afastamentos.

“O balanço das ações da pró-reitoria é altamente positivo, pois conseguimos realizar uma série de atividades de nossa competência, mesmo dentro de um período de contingenciamento imposto pela pandemia”, explicou o pró-reitor de Gestão de Pessoas e do Trabalho da Ufal, Wellington Pereira, ao comentar o desempenho positivo da área que lidera na Universidade.

Conforme o pró-reitor, o grande desafio deste tempo foi lidar com a maior crise de saúde registrada nos últimos 100 anos: a pandemia de covid-19. Wellington Pereira destaca que o distanciamento social impôs uma nova dinâmica de trabalho, visto que boa parte dos servidores passou a atuar de forma remota ou ficou afastada devido à contaminação pela covid-19.

“Não obstante à pandemia, conseguimos executar todas as nossas atividades cotidianas, não gerando quaisquer prejuízos aos nossos servidores. Falo em relação às progressões e às avaliações de desempenhos dos técnicos-administrativos e de estágios probatórios docentes, mas também em relação às capacitações”, ponderou Pereira.

Um levantamento da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep) mostra que a Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal gerenciou, entre os anos de 2020 e 2022, mais de 6,9 mil processos avaliativos de servidores dos mais diversos níveis e carreiras da instituição.

Diante da falta de recursos para capacitações, a Universidade passou a inovar. Foram realizados eventos virtuais, promovidos não só por membros da própria Ufal como por instituições parceiras. “Os cortes orçamentários na área de recursos humanos atingiram diretamente a área de capacitação. Porém, ofertamos diversos cursos por meio de eventos internos, externos e capacitações In Company”, frisou.

O pró-reitor acrescenta: “A Gerência de Capacitação elaborou um Plano de Desenvolvimento de Pessoas com foco descentralizado no levantamento das necessidades de capacitações dos servidores da Ufal, permitindo que os próprios servidores, em conjunto com as chefias, pudessem ter as suas necessidades discutidas diretamente nas bases hierárquicas das unidades, de forma a refletir o mais próximo possível as reais necessidades de desenvolvimento dos servidores”.

Carências

No entanto, embora reconheça os avanços obtidos nos últimos anos, o pró-reitor destaca que o cenário vivido pela Universidade está longe do ideal. Conforme Wellington Pereira, a Ufal conta com um déficit de servidores técnico-administrativos e de docentes. Atualmente, a instituição dispõe de 1.702 técnicos-administrativos e 1.778 docentes para atender toda a instituição.

“Levando em consideração que a proporcionalidade ideal seria de dois técnicos para cada docente, fica demonstrado o déficit existente em nosso quadro. É importante ressaltar que, desse quantitativo de servidores técnico-administrativos, mais de 400 ocupam cargos extintos ou impedidos de provimentos, a exemplo dos cargos de motorista, porteiro e auxiliar administrativo”, acrescentou Pereira.

De acordo com o pró-reitor, a Universidade realizou uma consulta junto às unidades acadêmicas e campi fora de sede e informou ao Ministério da Educação e à Comissão de Transição do governo federal as necessidades de ampliação de quadro para os próximos anos. Porém, Wellington Pereira reconhece que a situação não é de fácil solução.

“Quando assumimos a pró-reitoria, encontramos as vagas distribuídas de acordo com a legislação em vigor na época e com as pactuações para projetos de expansão da instituição devidamente definidas. Mas, desde 2017, a Ufal não recebe vagas novas para o cargo de técnico-administrativo. Com relação aos docentes, chegamos a receber alguns códigos de vagas pactuadas, que foram destinados ao curso de Medicina do Campus Arapiraca, à Unidade Educacional de Penedo, ao Campus de Engenharias e Ciências Agrárias, em Rio Largo, e à Medicina do Campus A.C. Simões”, observou Wellington Pereira, pró-reitor de Gestão de Pessoas.

Saber Ufal Nº 5 - 2023.pdf