Servidora vai representar AL em conferência internacional sobre educação e trabalho

A 21ª edição da conferência Countering the Plague - Forces of Reaction and War and How to Fight Them será em novembro em Londres

Por Izadora Garcia - Relações Públicas
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Servidora Geysa Ferreira, da Ufal, vai apresentar o trabalho que aborda a plataformização do trabalho docente no Brasil
Servidora Geysa Ferreira, da Ufal, vai apresentar o trabalho que aborda a plataformização do trabalho docente no Brasil

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) marcará presença na 21ª Conferência Anual do Materialismo Histórico em Londres, com o tema Countering the Plague - Forces of Reaction and War and How to Fight Them, que ocorrerá entre os dias 7 e 10 de novembro, em Londres. Na ocasião, a servidora técnica em Assuntos Educacionais, Geisa Ferreira, apresentará um trabalho que aborda a plataformização do trabalho docente no Brasil. Fenômeno que ganhou força durante a pandemia de Covid-19.

O artigo, fruto das pesquisas de mestrado e doutorado de oito pesquisadores — incluindo Geisa e seus colegas Arthur Monzelli, Caio Marco Espimpolo, Érica Navarro, Andreia Castiglioni, José Guilherme Cagnin, Priscila Trucullo e Yan da Silva — analisa como as relações entre o mundo produtivo e a educação têm influenciado reformas sucessivas nos sistemas de ensino brasileiro. O trabalho destaca a precarização do trabalho docente, intensificada pelo ensino remoto, que se tornou uma realidade para muitas escolas e universidades durante a pandemia.

“Estamos observando uma nova forma de precarização que já era visível em setores como o de entregas e transporte, mas que agora se insere no cotidiano da educação”, explica Geisa. O estudo propõe uma discussão crítica sobre como a plataformização impacta as condições de trabalho dos educadores e a qualidade do ensino. O evento em Londres promete ser uma plataforma valiosa para discutir temas contemporâneos e desafios enfrentados pela educação no Brasil e no mundo.

“Poder levar o nome da Ufal para um evento tão importante e referenciado como esse é um imenso orgulho para mim como estudante e técnica desta casa. Sinto que esse é o primeiro de muitos eventos internacionais e nacionais que eu irei representar a Universidade Federal de Alagoas como servidora técnica administrativa, que também contribui com a pesquisa na nossa universidade e sociedade Alagoana”, afirmou Geisa.

Apoio institucional à capacitação de servidores técnicos

A participação de Geisa não apenas fortalece o diálogo sobre educação e trabalho, mas também destaca a importância da inclusão e valorização dos servidores técnicos nas instituições de ensino superior. A formação continuada e a capacitação dos servidores técnicos são direitos da categoria e iniciativas de internacionalizar as pesquisas desenvolvidas pelo segmento têm sido incentivadas pela gestão da Universidade. A participação de Geisa no evento foi viabilizada por apoio institucional.

O pró-reitor de Gestão de Pessoas e do Trabalho, Wellington Pereira, orientou Geisa a buscar a Assessoria de Intercâmbio Internacional (ASI) e abrir um processo para solicitar o apoio. Graças à disponibilidade de recursos, a proposta foi autorizada pelo assessor Niraldo de Farias, e pelo reitor Josealdo Tonholo, permitindo que a servidora técnica representasse a Ufal em um evento de relevância internacional.

“Foi uma feliz surpresa descobrir que os técnicos têm direito a esse tipo de apoio. Após a aprovação do trabalho, procurei a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) e fiquei aliviada ao saber que existe uma política de incentivo para servidores técnicos, assim como para professores”, finalizou.