Conselho Universitário aprova o Programa de Gestão de Desempenho

A sessão do Conselho Universitário (Consuni) desta terça-feira(26), presidida pelo reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, começou com toda a sala fazendo um minuto de silêncio em homenagem à memória das vítimas do acidente de ônibus na Serra da Barriga. O trágico acidente que aconteceu no último domingo (24), deixou toda a comunidade universitária bastante consternada.

Após a homenagem, foram iniciados os trabalhos, com a pauta sobre o Plano de Gestão de Desempenho (PGD). A minuta apresentada pelo servidor José Clebson Silva de Farias, integrante da comissão de elaboração do projeto, culmina um processo de discussão que iniciou em setembro do ano passado e envolveu servidores em debates realizados nos três campi da Ufal.

A comissão, designada pela portaria 586/23, é presidida pelo servidor Alan França de Lima e tem como integrantes: Ana Graziela de Souza Araújo, Ana Paula Oliveira da Silva, Bruno Almeida de Jesus, Bruno César Teixeira Cardoso, Danilo Rezende Prado Silva, Emerson Silva de Oliveira, Jardel Araújo Gomes Ferreira, José Clebson Silva de Farias, Kelline Ferreira de Oliveira, Mylena Soares de Araújo Farias, Thiago Pessoa Prudente e Waldnis Espírito Santo da Silva.

O PGD já é adotado em 175 instituições de 213 da Administração Pública Federal, segundo informações dos integrantes da Comissão. Na apresentação foram destacadas as principais características: substituição do controle de frequência e assiduidade pelo controle de resultados, baseada em um plano de trabalho, com definição de entregas, necessariamente registradas em sistema informatizado e possibilidade de realização das atividades fora das dependências da Ufal (teletrabalho).

A discussão atraiu significativa participação de professores, técnicos e representantes de diferentes setores da universidade, tanto presencialmente quanto por meio da transmissão no canal da Ufal no Youtube. No chat, os comentários foram constantes e a maioria aprovando a implantação do PGD. “O PGD é uma possibilidade de organização das atividades, uma estratégia de melhor divisão das demandas por categoria, qualidade de vida no trabalho e outras tantas mais vantagens indicadas aqui”, disse uma servidora . “​​O objetivo do PGD é mensurar o desempenho das atividades, melhorar a qualidade do atendimento remoto e não retirar direitos e vantagens dos servidores públicos. É um avanço no serviço público federal”, comentou Zíbia Oliveira.

Presencialmente também aconteceram diversas manifestações, com professores e técnicos apresentando dúvidas, preocupações e sugestões. Entre os questionamentos levantados, destacaram os desafios relacionados à infraestrutura tecnológica, as condições de trabalho para servidores que não optarem pelo regime remoto e o impacto do teletrabalho nas atividades que demandam presença física, como atendimento ao público e suporte técnico.

Além disso, houve espaço para sugestões de melhorias no plano. Muitos participantes enfatizaram a importância de garantir transparência nos critérios de avaliação e flexibilidade para que o teletrabalho possa se adaptar às diferentes realidades das unidades acadêmicas e administrativas da Universidade. Também foi bastante enfatizada a necessidade de limitar as demandas para o horário pactuado para o trabalho.

No final do debate, foram votados os destaques e depois o texto completo. A minuta foi aprovada pela grande maioria, com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário. O reitor destacou o compromisso da gestão em conduzir um processo democrático e transparente. "Construímos juntos esse novo modelo de trabalho, que vai ser implantado com toda a orientação, atender às necessidades da universidade e, ao mesmo tempo, oferecer melhores condições para os servidores desempenharem suas funções. Parabéns à comissão”, finalizou o reitor.