Professor é nomeado diretor-científico do Colégio de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
Ricardo Bessa, professor associado da Faculdade de Odontologia, espera pactuar parcerias entre a entidade e a Ufal
O professor Ricardo Bessa, da Faculdade de Odontologia (Foufal) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi nomeado para o cargo de diretor-científico do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (CBCTBMF). A posse da direção escolhida para o biênio 2025-2026 deve ocorrer em janeiro de 2025. A indicação de um representante de Alagoas é um marco para o estado e para a Universidade. “Esta oportunidade representa não apenas um reconhecimento pessoal, mas também um marco importante para a Ufal, que terá um de seus docentes ocupando uma posição estratégica na principal instituição da especialidade no país”, avaliou Bessa.
A entidade acompanha os cirurgiões bucomaxilofaciais desde o processo de formação. Várias residências são chefiadas por membros do CBCTBMF, o que permite uma avaliação constante do aprendizado e dos currículos, bem como traçar um panorama dos principais desafios enfrentados durante essa formação. Nesse sentido, o papel da direção científica do CBCTBMF é de liderar as iniciativas do relacionadas à pesquisa e à educação continuada. O que inclui a organização de eventos, o apoio a projetos de pesquisa, a publicação de materiais educativos e a promoção do debate sobre temas relevantes para a especialidade.
“Minha missão é estimular a produção científica de qualidade, disseminar o conhecimento e contribuir para a formação de profissionais cada vez mais capacitados para atender às necessidades da população. Acredito que a pesquisa e a educação continuada são pilares fundamentais para o avanço da cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial no Brasil e pretendo trabalhar incansavelmente para fortalecer esses pilares durante minha gestão”, afirmou Ricardo Bessa.
“O cenário da saúde bucal no Brasil ainda apresenta desigualdades e carências, e a cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial desempenha um papel crucial na superação desses problemas. Pretendo implementar projetos que impulsionem a pesquisa clínica e experimental, promovam a integração entre universidades e serviços de saúde, e facilitem o acesso dos profissionais a oportunidades de atualização. Além disso, buscarei fortalecer a cooperação internacional, incentivando o intercâmbio de conhecimentos e experiências com instituições de outros países”, complementou.
O docente também pretende estreitar as relações entre o Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e a Universidade Federal de Alagoas. E avalia a sua nomeação como positiva para a Ufal. “Essa nomeação, além de figurar como um reflexo da crescente importância da Ufal no cenário nacional e internacional da Odontologia, traz uma série de benefícios para a Universidade. Primeiramente, fortalece ainda mais a relação entre a instituição e o principal órgão representativo da especialidade no Brasil, criando um ambiente propício para futuras parcerias acadêmicas e científicas”, explicou o docente.
“Agradeço à Ufal pela confiança depositada em mim e reafirmo meu compromisso em representar a Universidade com dedicação e profissionalismo. Acredito que esta parceria entre a Ufal e o CBCTBMF trará frutos importantes para o desenvolvimento da cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, beneficiando tanto os profissionais da área quanto a população que depende de seus serviços”, finalizou.
Especialidade é 7ª mais cursada pelos cirurgiões-dentistas
O cirurgião bucomaxilofacial é o profissional que trata cirurgicamente as doenças da cavidade bucal, do crânio, face e pescoço, como traumas e deformidades faciais dos maxilares e da mandíbula. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), a cirurgia bucomaxilofacial é a 7ª maior especialidade em número de profissionais registrados, com um total de 7.564 de cirurgiões em atividade no país.
O tempo de formação na especialidade é de 3 a 5 anos, tendo uma carga horária mínima de 6.000h na maioria dos programas. Neles se aprendem todas as subespecialidades da cirurgia bucomaxilofacial, como as cirurgias ambulatoriais e realizadas em bloco cirúrgico.
“São cirurgias que vão desde as bucodentárias, como as de remoção de sisos e de tumores relacionados aos dentes, até as cirurgias maiores como a ortognática ou cirurgias para reparação de trauma facial decorrentes de acidentes automobilísticos e quedas, por exemplo. Também somos responsáveis por pacientes que, por algum motivo, necessitam de reconstruções para reparar a perda de integridade óssea do maxilar ou mandíbula. É um campo muito vasto”, explicou Ricardo Bessa.
Sobre a entidade
O Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (CBCTBMF) é uma entidade sem fins lucrativos que reúne especialistas em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial. Seu objetivo é promover o desenvolvimento da especialidade no Brasil, por meio de ações voltadas à educação continuada, à pesquisa científica e ao intercâmbio profissional. O Colégio atua como uma referência nacional e internacional, estabelecendo padrões de excelência e fomentando o aprimoramento constante dos profissionais da área.
Com relação à formação continuada, o CBCTBMF promove jornadas, simpósios, congressos e encontros voltados à especialidade, como o Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (Cobrac), bem como cursos voltados à atualização em técnicas e procedimentos. A instituição, criada em 1970, também busca desenvolver parcerias com entidades estrangeiras como a International Association of Oral and Maxillofacial Surgeons (IAOMS) e a Asociación Latinoamericana de Cirugía y Traumatología Bucomaxilofacial (ALACIBU).
