HU dispõe de ambulatório para atendimento de pacientes com epilepsia

Condição ocorre devido a uma descarga elétrica anormal no tecido cerebral

Por Ascom HU
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O mês de março é marcado pela conscientização sobre a epilepsia, doença que apresenta crises epilépticas de repetição espontânea. As crises epilépticas são produzidas por uma sincronização excessiva da atividade elétrica cerebral. Elas podem envolver uma parte localizada do cérebro (crises focais) ou o cérebro inteiro (crises generalizadas). O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HU/Ufal), conta com ambulatório especializado para atendimento a pacientes com epilepsia.  

O Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia, e o mês no qual ele se encontra (o março roxo), são fundamentais para ampliar as discussões, e melhorar o esclarecimento, em torno dessa doença que ainda é tão estigmatizada pela sociedade.  “Frequentemente, as crises têm um início focal, com generalização secundária na mesma crise. As causas da epilepsia são a predisposição genética e os fatores ambientais, como falta de oxigênio no parto, encefalites, traumatismos cranianos, tumores cerebrais, AVC etc. Os idosos têm mais epilepsia do que as crianças e adultos jovens”, explica o neurologista do HU, Fernando Gameleira. 

Epilepsia  

A epilepsia é uma doença caracterizada pela propensão à ocorrência de crises epilépticas; estas, por sua vez, são a manifestação clínica de uma descarga anormal nos neurônios, que são as células que compõem o cérebro. O diagnóstico dessa condição é principalmente clínico, feito com base nas manifestações apresentadas pelo paciente. Mas existem exames complementares que podem ajudar na investigação.

As causas são várias, desde uma tendência genética até doenças que causam alterações na estrutura do cérebro, como alguma malformação cortical, um tumor, um AVC (acidente vascular cerebral). A doença pode afetar pessoas em qualquer fase da vida, desde o recém-nascido até o idoso. 

Crises epilépticas 

As crises epilépticas podem apresentar formas diversas. Dentre essas, por exemplo, podem ser citadas as paradas rápidas no comportamento vistas nas crises de ausência; a movimentação anormal de um lado do corpo, sem perda dos sentidos, nas crises focais motoras; e a crise com perda completa dos sentidos e rigidez / abalos musculares dos quatro membros, na crise tônico-clônico bilateral (convulsão).  

“As crises epilépticas podem se apresentar na forma de quaisquer comportamentos, tanto motores, quanto não motores. As crises mais frequentes se caracterizam por uma desconexão breve com o ambiente, com alteração da consciência e sem convulsão. As crises convulsivas podem afetar um segmento isolado, como uma mão ou uma perna, ou o corpo inteiro. Mas pode haver crises com as mais diversas, como riso, choro, vômitos, pelos arrepiados ou até como comportamentos sexuais, como masturbação. No HU, há um ambulatório para os pacientes com epilepsia e diversos exames complementares. O acesso é através da marcação unificada do SUS”, explica, Fernando Gameleira.