Luto no Centro de Educação da Ufal: morre bibliotecária Lúcia Nascimento

Amigos da comunidade acadêmica da Ufal prestam homenagens à servidora

Por Manuella Soares - jornalista
- Atualizado em
 | nothing

Alegre, dinâmica e competente. Assim era descrita a servidora Lúcia Lima do Nascimento, que deixou o Centro de Educação da Ufal (Cedu) enlutado, nesta terça-feira (16), com a notícia de seu repentino falecimento.

A bibliotecária do Cedu era querida por unanimidade e no dia que retornaria das férias para abraçar os colegas, deixou a comunidade acadêmica com esse vazio. “Como ficaremos sem sua fala forte e combatente? O zelo pela nossa biblioteca e o amor pelos gatos transbordavam por todos os lugares por onde passava. Preciso digerir”, publicou a diretora do Cedu, Mariana Raggi.

Lúcia tinha 52 anos, era servidora do Sistema de Bibliotecas (Sibi-Ufal) desde 2008 e atualmente estava lotada no Cedu. O velório está sendo realizado na Capela 4 do cemitério Parque das Flores, onde haverá uma homenagem às 13h30, seguida do sepultamento marcado para as 14h.

Em respeito à memória da servidora, a Biblioteca Central (BC) estará fechada nesta quarta-feira (17). E nas redes sociais, uma série de homenagens está sendo postada para a bibliotecária, referência no trato humanizado e no amor pelos felinos.

“A memória de seu sorriso, de seu jeitinho único, intenso e irreverente ficará para sempre marcada em nossas mentes e aconchegada em nossos corações. Seu legado de amor e dedicação aos menos favorecidos e, especialmente, aos animaizinhos, nos serve de exemplo e nos inspira a viver com mais amor”, comentou Ana Paula, servidora da BC.

Jonatas Menezes mencionou: “Impossível ter convivido com a Lúcia sem ser marcado por ela, redundante falar em alegria, disposição sagacidade, enfim... Você é especial Lúcia, obrigado pelo privilégio!”. E Modesto Oliveira ratificou: “Onde chegava, preenchia todo o espaço com a sua alegria única”.

O amigo Marcos Oliveira fez uma homenagem em versos: “Quem te substituirá/ Anjo da comicidade,/ sutil humor escrachado/ irreverente, nas asas/ de tua fértil imaginação/ do olhar crítico imaculado (...) Quem te substituirá/ amor pelos animais,/ que orfãos ficarão/ zelos e cuidados jamais/ de tua bondade materna/ sentirão eles decerto/ saudades eternas”.

E em um depoimento cheio de amor, a diretora do Cedu perpetuou: “Prometo, minha querida, continuar sua luta pelas novas estantes, pelo projeto arquitetônico de nossa biblioteca, por novos técnicos, pela ração que não pode acabar, por ajudar a providenciar a castração de gatos e gatas da nossa Ufal, pela adoção e dignidade dos seus gatinhos. (...) Sempre termos uma caneca de café para lembramos dessa mulher que ali esteve e que sempre estará presente”.

Lúcia deixa uma filha e dezenas de gatinhos órfãos.