Curso de Matemática da Ufal celebra 50 anos de orgulho e excelência

Instituto de Matemática realizou uma homenagem ao professor Eduardo Perdigão por meio século dedicado ao curso

Por Manuella Soares - jornalista
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Equipe do IM reunida para homenagem ao professor Eduardo perdigão, de camisa rosa
Equipe do IM reunida para homenagem ao professor Eduardo perdigão, de camisa rosa

Cinquenta anos de fundação de um curso e 50 anos de dedicação de um professor. A história da licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está ligada à vida do professor Eduardo Perdigão, que faz parte do quadro docente desde o início. Neste mês de agosto o Instituto de Matemática celebrou os dois marcos e todas as conquistas do caminho.

O professor refletiu sobre sua jornada com orgulho: "Se há 50 anos alguém me perguntasse o que eu pensava sobre como estaria 50 anos depois, por mais otimista que eu fosse, certamente não poderia imaginar que estaria com imenso orgulho, completando 50 anos como professor do Departamento de Matemática da Ufal. São 50 anos de uma vida profissional que ainda hoje me motiva, e que repetiria sem titubear".

O documento nos anexos mostra o início de Perdigão como professor auxiliar, mas o vínculo com a Ufal começou dez anos antes, quando ingressou no curso de Engenharia Civil. Depois de concluir a graduação e iniciar o mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ele já se submeteu ao concurso do Departamento de Matemática e garantiu a vaga para ajudar a construir a história da licenciatura.

Já foram muitos profissionais que passaram pelos ensinamentos do professor Eduardo Perdigão, que tem uma carreira reconhecida e prestigiada. José Marques é um dos seus orientandos e expressou sua admiração pelo docente e a gratidão pelo ser humano:

"Sua paixão pela profissão fica notória nas aulas e discussões sobre matemática. Devo agradecer pelo apoio irrestrito na continuação da jornada acadêmica, bem como por todo o tempo dedicado naqueles momentos em que mais precisei, nos quais era impossível não notar seu lado humano. Sou grato pelo privilégio de ter conhecido o professor Perdigão e pelas conversas sobre matemática, tecnologia, futebol e tantas outras coisas enriquecedoras".

O diretor do IM, professor Isnaldo Barbosa, destacou que a celebração dos 50 anos do curso e a contribuição contínua do professor Perdigão “são provas do impacto duradouro que ambos tiveram na educação matemática”. Ele reforça que os ensinamentos vão além da sala de aula, porque o docente influencia e inspira várias gerações de alunos e colegas de trabalho.

“Que esta jornada continue a inspirar e a enriquecer a vida de todos que têm a honra de fazer parte desta história. Parabéns ao professor Perdigão e ao curso de Matemática licenciatura! Que venham muitos mais anos de sucesso e realizações”, destacou o professor Isnaldo.

Um curso de raízes

Criado em 1974 o curso de licenciatura em Matemática diurno foi o pioneiro do Instituto e só depois de muito tempo vieram o bacharelado e a licenciatura EaD. Atualmente, conta com um corpo docente formado por 37 professores, dos quais 36 são doutores e um mestre. Além disso, as raízes formadas permanecem em três professores que já se aposentaram e continuam colaborando como voluntários. Há também o ex-aluno José Adonai Pereira Seixas, um dos primeiros a concluir o curso, que atua hoje como docente visitante.

O vínculo e o amor pelo curso de Matemática da Ufal também estão na história do primeiro aluno formado, Adroaldo, e do segundo, Arnon. Eles concluíram a licenciatura e fizeram escola como docentes. Ambos são professores aposentados do Instituto de Matemática.

Outros que retornaram ao curso como docentes foram o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, e o atual coordenador da licenciatura, Vânio Fragoso. Ele conta que vários egressos são hoje professores do IM e de outras instituições de ensino.

“Nosso curso tem contribuído de forma efetiva na formação de profissionais da educação que estão atuando nas redes pública e privada, cumprindo o seu objetivo de formação de profissionais qualificados para exercerem a docência e, consequentemente, dando o retorno esperado pela sociedade”, afirmou Fragoso, destacando, ainda, que muitos egressos também estão continuando a vida acadêmica em programas de pós-graduação.