NTI apresenta propostas de ações estratégicas até 2028 para a Ufal

Novo Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação foi feito por uma equipe de representantes de todos os campi, das áreas finalísticas e da gestão da Universidade


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Grupo de Trabalho responsável pela elaboração do novo Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação
Grupo de Trabalho responsável pela elaboração do novo Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação

O Grupo de Trabalho (GT) responsável pela elaboração do novo Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (PDTIC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) concluiu o diagnóstico e a minuta de planejamento da área de tecnologia da informação e comunicação (TIC) para o período de 2025 a 2028. A iniciativa reuniu representantes de todos os campi, das áreas finalísticas e da gestão, com o objetivo de propor um novo Plano Diretor capaz de atender às necessidades da comunidade universitária, promover o desenvolvimento institucional e manter-se alinhado às diretrizes da Estratégia de Governo Digital.

O grupo analisou os resultados obtidos nos últimos anos, identificou as principais dificuldades e considerou a opinião da comunidade, consolidada nas avaliações da Comissão Permanente de Avaliação Institucional (CPA), nos Planos de Desenvolvimento das Unidades (PDUs), no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), os apontamentos dos diretores de Unidade e nas avaliações anuais dos alunos, técnicos e docentes sobre a área de tecnologia da informação. Com base nesse levantamento, foram propostas ações estratégicas que orientarão a atuação do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e a implementação de projetos tecnológicos nos próximos anos.

Entre os aspectos mais relevantes identificados pelo GT está o déficit de pessoal na área de TIC. Nas universidades federais, a proporção média de servidores da área central de TIC em relação ao total de servidores é de 2%. Na Ufal, esse índice é de 0,95%, o que significa que o quadro de servidores da área central de TIC (NTI) representa menos da metade da média nacional. Outro ponto destacado é que, até 2024, foram investidos apenas 35,74% do montante de recursos previstos no PDTIC vigente, devido às limitações orçamentárias enfrentadas pelas universidades.

Mesmo diante desse cenário, o NTI vem promovendo melhorias significativas em infraestrutura, sistemas e serviços desde a primeira avaliação da área, em 2020. Durante o período da pandemia, a equipe dedicou grande esforço para viabilizar o funcionamento e a continuidade das aulas, garantindo suporte tecnológico à comunidade acadêmica. Entre as ações, destacam-se a recuperação e expansão da rede cabeada, a ampliação da conectividade e da rede wi-fi nos campi, a modernização de servidores e a atualização dos sistemas Sigaa e Sipac, com novas funcionalidades e maior segurança digital.

Além disso, o NTI executou mais de 180 projetos entre 2020 e 2024, superando historicamente o número de iniciativas voltadas ao atendimento das demandas institucionais. Alguns avanços na modernização da infraestrutura tecnológica contribuíram para a redução de falhas que causavam interrupções de serviços e paralisações, melhorando a eficiência operacional. Neste período também foram registrados, em média, 5.500 atendimentos anuais, reforçando o compromisso do setor com a qualidade dos serviços prestados à comunidade universitária.

Considerando a complexidade do cenário orçamentário e a relevância da área de tecnologia da informação para o avanço institucional, o grupo de trabalho definiu objetivos estratégicos e metas a serem alcançadas, além de um plano de ação em nível tático e de um plano de riscos para garantir o alcance dos resultados esperados. A minuta do novo PDTIC também contempla o plano de gestão de pessoas e um novo plano orçamentário, reforçando a integração entre a tecnologia e as dimensões humanas e administrativas da instituição, bem como a previsão de investimentos para que as metas sejam alcançadas.

A professora Viviane Regina Costa Sá, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e Coordenadora de Desenvolvimento de Pessoal da Progep, participou do GT e destacou a importância da integração entre a TI, a gestão de pessoas e a formação pedagógica.

“Enquanto gestão de pessoas, foi importante perceber como o PDTI é capaz de alinhar a capacitação, o desenvolvimento e a otimização de processos que impactam diretamente na qualidade de vida dos nossos servidores. Quando falamos de TI, não estamos falando apenas de adquirir softwares ou equipamentos, mas de construir um ecossistema digital e humano que serve aos objetivos estratégicos da instituição, tendo sempre as pessoas no centro”, disse ela.

O diretor do Centro de Tecnologia (CTEC) e presidente do Fórum dos Diretores, Vladimir Caramori, também ressaltou a relevância do planejamento coletivo no processo: “A experiência de elaborar o PDTIC é importante porque agrega as percepções técnicas de quem lida com as questões do dia a dia, de gestores que precisam tomar decisões baseadas nesse planejamento e da comunidade que traz suas expectativas. É um processo que se renova constantemente, acompanhando as mudanças e necessidades que surgem, principalmente na área de TI”, destacou.

Já Rômulo, da Gerência de Tecnologia da Informação (GTI) de Arapiraca, enfatizou o sentimento de segurança e continuidade proporcionado pelo novo plano: “Agora estamos seguros para seguir por mais quatro anos com um documento que garante mais estabilidade e avanços tecnológicos para a universidade.”

Como próximo passo, o GT encaminhará a minuta do novo PDTIC para apreciação do Comitê de Governança Digital e Segurança da Informação e, posteriormente, o documento seguirá para deliberação no Conselho Universitário (Consuni).