Pró-reitora de pesquisa e pós-graduação vai presidir o Foprop a partir de 2026
Biênio da nova Diretoria Executiva terá representatividade feminina e luta pela interiorização da pesquisa
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A professora Iraildes Pereira Assunção foi eleita presidente da Diretoria Executiva do Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação das Universidades Brasileiras (Foprop), para o biênio 2026-2027. A pró-reitora da Ufal será a terceira mulher a presidir o Fórum que já teve 32 presidentes ao longo dos seus 40 anos de criação.
“É mais que uma honra pessoal, um marco simbólico para a instituição. Ao assumir a presidência do Foprop a Ufal fortalece sua posição como liderança no cenário nacional da pesquisa e da pós-graduação. A escolha de uma mulher para o Foprop mostra o compromisso para alcançar a igualdade entre os gêneros e como é importante ter diversidade nas decisões sobre pesquisa e pós-graduação no Brasil. Reafirmo meu compromisso com a construção de um ambiente acadêmico mais justo e plural, com espaço para todas e todos contribuindo para a criação e implementação de políticas que minimizem as desigualdades e fortaleçam a participação das mulheres na produção de conhecimento e na liderança da academia”, ressaltou Iraildes.
A chapa Ciência, Inovação e Interiorização, encabeçada por Iraildes para a nova Diretoria Executiva do Foprop foi eleita por aclamação e inicia o mandato no dia 1º de janeiro de 2026. A votação ocorreu no último dia 7 de novembro, durante a Assembleia Geral Ordinária anual realizada na Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Trabalho para os próximos dois anos
A pró-reitora Iraildes Pereira Assunção já atuava como coordenadora do Foprop, trabalhando em equipe com os pró-reitores da Instituições de Ensino Superior (IES) da regional Nordeste, procurando entender às necessidades e os desafios de cada estado para elaborar políticas públicas junto aos órgãos de fomento.
Já o Plano de Ações da Diretoria Nacional do Foprop apresentado para o biênio 2026–2027 reforça a importância do Fórum como elo nacional da pesquisa e pós-graduação, seguindo as orientações do PNPG 2025–2029 e visando criar um Sistema Nacional de Pós-graduação que seja inclusivo, sustentável e bem distribuído.
De acordo com Iraildes, o plano de atividades ressalta a necessidade de enfrentar desigualdades históricas entre regiões e instituições, sobretudo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, incentivando a expansão e o aprimoramento de cursos de pós-graduação em áreas menos consolidadas, a colaboração entre instituições e a interiorização da formação de mestres e doutores.
“Entre as prioridades, incluem-se o aumento de políticas de acesso, permanência e diversidade, a participação ativa na criação de políticas públicas de C,T&I, levantamento de desigualdades regionais para direcionar investimentos e o fortalecimento de redes de cooperação e programas interinstitucionais. O plano também dá ênfase ao compartilhamento de recursos entre instituições, o uso ampliado de plataformas digitais e repositórios abertos, a conexão da pós-graduação com ambientes regionais de inovação, a formação de pessoas com habilidades em inovação e propriedade intelectual, e a intensificação do diálogo constante com Capes, CNPq, Finep, MCTI, MEC e entidades como SBPC, ABC, Andifes, Abruem, e ANPG”, detalhou a nova presidente eleita.