Laboratório da Ufal liderado por mulheres registra a marca de 3 patentes concedidas

O Laboratório de Farmacologia e Imunidade (Lafi), vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), alcançou um marco histórico ao obter as três primeiras patentes concedidas. Sob a liderança das professoras Magna Suzana Alexandre Moreira e Aline Cavalcanti de Queiroz, o Lafi destaca-se não apenas pela excelência científica, mas também pelo protagonismo feminino na pesquisa e na inovação.

A primeira patente, concedida em 2020, resultou da pesquisa liderada pela professora Magna Suzana e envolveu a síntese de derivados piperidínicos com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Em 2021, a segunda patente foi fruto da tese de doutorado da professora Aline Cavalcanti, focada no desenvolvimento de compostos para o tratamento da leishmaniose e da doença de Chagas. A terceira patente, concedida em 2022, derivou da tese de Gabriela Muniz de Albuquerque Melo, coorientada pela professora Magna Suzana, e apresentou compostos organometálicos de antimônio com ação leishmanicida.

Essas conquistas refletem o compromisso do Lafi com a pesquisa aplicada e a inovação, especialmente em áreas de grande relevância para a saúde pública. Além disso, o laboratório já depositou outras cinco patentes e publicou mais de 100 artigos científicos, destacando-se pela produtividade científica. Desta forma, o Lafi consolida-se como um polo de inovação e pesquisa de impacto, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

A professora Aline destaca a importância de proteger os resultados da pesquisa. Para ela, iniciativas como essa impulsionam o avanço científico e fortalecem a ligação entre universidade e setor produtivo. “A patente confere à Ufal e aos inventores o direito de explorar comercialmente suas descobertas, o que valoriza a pesquisa e facilita a sua transformação em produtos e serviços concretos para a sociedade”, afirmou.

A trajetória do Lafi também evidencia a crescente cultura de inovação na Ufal. A primeira patente da Universidade foi depositada em 2007, antes mesmo da criação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), em 2008. Desde então, o NIT tem desempenhado um papel fundamental no apoio aos pesquisadores, resultando em um aumento significativo no número de depósitos de patentes. 
Em 2020, por exemplo, a Ufal depositou 32 patentes, alcançando a 16ª posição no ranking nacional do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).