Professores da Ufal lançam livro sobre memórias de povo quilombola alagoano
Obra digital é de acesso gratuito e já se encontra disponível no site da Edufal
- Atualizado em 22/05/2025 14h29

Manoel Valquer Melo e Evaldo Mendes da Silva, docentes da Unidade de Santana do Ipanema da Ufal, lançaram o livro No pisado da nossa terra: narrativas dos moradores do quilombo Alto do Tamanduá. A obra digital é de acesso gratuito e já se encontra disponível no site da Editora da Ufal (Edufal). Para conferir, você também pode clicar aqui.
O livro tem caráter paradidático e está dividido em nove capítulos, sendo que oito deles contam a história de moradoras e moradores do quilombo Alto do Tamanduá, uma comunidade localizada no município alagoano de Poço das Trincheiras. O e-book traz também um capítulo dedicado a tradições de cantigas do Reisado, folclore tradicional de Alagoas.
A obra foi produzida, coletivamente, a partir de atividades extensionistas desenvolvidas na Unidade Educacional de Santana do Ipanema, do Campus do Sertão, entre setembro de 2023 e dezembro de 2024. As atividades integravam o Programa de Formação em Ações de Extensão (Profaex) da Universidade Federal de Alagoas.
Professor Manoel Valquer destaca que a escolha pelo município de Poço das Trincheiras se deu pelo local abrigar a quarta população quilombola do estado de Alagoas. “A transcrição das narrativas, tal como foram apresentadas, garante que as futuras gerações tenham acesso aos saberes de seus antepassados, configurando-se como uma potente estratégia de construção de arquivos vivos dessa história”, afirmou.
Para os autores, essa articulação da Universidade com a sociedade, por meio das atividades de extensão, buscou dar o protagonismo aos quilombolas com a iniciativa de construir um material que será utilizado nas escolas do Semiárido alagoano.
“Com sensibilidade e autenticidade, compartilharam [os quilombolas] histórias e memórias de suas vivências dentro da comunidade, valorizando o saber oral e a experiência cotidiana. O livro tem o objetivo de contribuir para a preservação da memória coletiva, o fortalecimento da identidade cultural e o reconhecimento das raízes quilombolas pelas novas gerações”, destacou o professor Valquer.
