Entre ondas e livros, conheça a história de Rusi Almeida

Professora do Instituto de Química e Biotecnologia fez do surfe um estilo e filosofia de vida

Por Izadora Garcia - Relações Públicas
- Atualizado em 25/06/2025 14h34

Quando o sol ainda nem nasceu e a maioria das pessoas ainda está despertando, Rusiene Almeida, mais conhecida como Rusi, já está de pé — e no mar. Das 5h às 7h da manhã, a rotina de surfar na Praia do Francês é sagrada para ela. Mais que um hobby, o surfe se tornou estilo de vida e um aliado inesperado para conciliar bem-estar com a vida acadêmica.

Tudo começou em 2016, por acaso, quando o professor Thiago Aquino, recém-chegado ao Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) da Ufal, presenteou a colega com uma prancha e a convidou para surfar. Ela aceitou o convite, gostou da experiência e nunca mais parou. “Logo depois contratei um professor e passei a ter aulas duas vezes por semana. Ainda hoje continuo aprendendo”, conta.

Moradora da Praia do Francês, no município de Marechal Deodoro, ela pratica surfe todos os dias, bem cedo, antes de começar a jornada como docente. A escolha pelo amanhecer não é aleatória: além das boas condições do mar nesse horário, ela afirma que a prática matinal transforma sua rotina. “Começar o dia no mar faz muita diferença. Me ajuda a manter o foco e a leveza nas atividades da universidade”, afirma.

Mais do que uma atividade física, o surfe passou a moldar suas escolhas e sua forma de estar no mundo. “Tudo que escolho e vivo está conectado ao mar. O que mais gosto na prática é a conexão com a natureza. Como o surfe é parte de mim, ele impacta positivamente todos os aspectos da minha vida, do bem-estar à forma como enxergo o mundo”.

O envolvimento com o surfe também extrapolou o âmbito pessoal. Em julho de 2024, ela inscreveu a Praia do Francês em uma chamada pública do Instituto Aprender Ecologia para compor o Programa Brasileiro de Reservas de Surf. A iniciativa buscava identificar praias com ondas icônicas e compromisso ambiental. A Praia do Francês foi escolhida como a primeira Reserva Nacional de Surf do Nordeste, um marco histórico para a região.

A conquista foi celebrada no último dia 2, com uma grande festa junina, organizada pela comunidade local. “Foi uma alegria imensa. Essa conquista não é só do surfe, mas da preservação ambiental e cultural da nossa praia”, celebra a professora.

Entre as salas de aula e as ondas do Francês, ela mostra que é possível integrar paixão, profissão e propósito. Um exemplo inspirador de como o mar e a educação podem transformar vidas.

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https://noticias.ufal.br/ufal/noticias/2025/5/ufal-promove-evento-para-comemorar-a-titulacao-da-praia-do-frances-como-reserva-nacional-de-surf

https://radio.ufal.br/programa-ufal-e-sociedade/ufal-e-sociedade-233-praia-do-frances-como-primeira-reserva-nacional-de-surf-do-nordeste

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