PET-Saúde Equidade promove reunião com oficina cultural e aula de Libras

O Programa de Educação Tutorial PET-Saúde Equidade do Ministério da Saúde, desenvolvido na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promoveu, em sua reunião mensal, uma oficina cultural de confecção de instrumentos musicais a partir de materiais recicláveis, ministrada pela multiartista, especialista em arte-educação, contadora de histórias, escritora e artesã Rochelli Assis. O evento reuniu estudantes e professores do programa em uma atividade dinâmica e descontraída.

O objetivo da ação foi apresentar estratégias lúdicas para que os futuros profissionais da saúde consigam se conectar com pacientes e familiares, promovendo novas formas de falar sobre conteúdos sensíveis ou complexos. “É incrível como a arte chega mais rápido, ela toca você de uma forma mais efetiva. Você pode estar mal-humorado, triste, pra baixo, mas se alguém chega de uma maneira diferente, conta uma piada, tem uma aproximação correta, você consegue abrir o coração”, explicou Rochelli.

Durante a oficina, os petianos foram estimulados a soltar a criatividade utilizando rolos de papel de toalha, garrafas plásticas, papelão, elásticos, miçangas e papeis coloridos. Após criar diversos instrumentos, os participantes foram desafiados a simular situações reais, nas quais poderiam aplicar as estratégias aprendidas. “Foi um momento importante para que os alunos tivessem um contato com essas atividades de educação em saúde de uma forma mais lúdica e aproximativa”, afirmou Izabel Novaes, professora da Faculdade de Odontologia.

Língua Brasileira de Sinais na saúde

Durante a reunião mensal, também foi realizado um aulão de Libras voltado a profissionais da saúde, como médicos, educadores físicos e nutricionistas. O objetivo da iniciativa foi apresentar conceitos introdutórios e como realizar perguntas básicas de formulários específicos e prontuários na Língua Brasileira de Sinais.

“As barreiras de comunicação entre profissionais da saúde e pessoas surdas podem se configurar como mais uma dificuldade no acesso a um atendimento digno e eficaz. Pensando nisso, o PET-Saúde Equidade tem promovido atividades formativas em Libras para os participantes do projeto” avaliou Elvira Barreto, professora da Faculdade de Serviço Social (FSSO).

“Está sendo uma experiência bem legal, especialmente para quem não sabia nada em Libras. É importante ter esse conhecimento porque, na nossa prática clínica, eventualmente, teremos que nos comunicar com pessoas surdas. E isso não pode ser um impeditivo no acesso aos serviços de saúde”, avaliou Larissa Ribeiro, estudante de psicologia.

Além do aulão, o PET-saúde Equidade mantém uma parceria com a Faculdade de Letras (Fale) para promover um curso básico de Libras voltado à área da saúde para seus membros. As atividades, que vêm sendo realizadas às sextas-feiras, são ministradas pelos estudantes Edson Silva e Jaime Melo, que também foram os responsáveis pelo aulão.

As reuniões do  PET-Saúde Equidade acontecem mensalmente, sempre trazendo debates de temas relevantes para a saúde pública e oficinas formativas para estudantes, professores e profissionais envolvidos no Programa do Ministèrio da Saúde.