Professor tem artigo publicado em revista suíça escrita na língua Esperanto

Amaro Braga desenvolveu trabalho sobre a Turma da Mônica; revista é uma das mais antigas em circulação na Europa

Por Maria Villanova – estudante de jornalismo (Ascom/Ufal)
Amaro Braga desenvolveu trabalho sobre a Turma da Mônica; revista é uma das mais antigas em circulação na Europa
Amaro Braga desenvolveu trabalho sobre a Turma da Mônica; revista é uma das mais antigas em circulação na Europa

Aliando conhecimento científico com a diversão dos quadrinhos, o professor do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Amaro Braga, teve um artigo publicado na renomada revista Literatura Foiro. Intitulado ‘Turma da Mônica de Maurício de Sousa: Rakontado pri la plej fama brazila komiks-serio’ [Um relato sobre a mais famosa série de quadrinhos brasileira], o trabalho apresenta à comunidade esperantista uma análise sobre o impacto sociocultural da Turma da Mônica, um dos quadrinhos mais famosos do Brasil.

Editada na Suíça desde 1970, a Literatura Foiro é uma referência internacional nas áreas de literatura, música, teatro, cinema e política cultural, sendo considerada a mais antiga publicação cultural em Esperanto, língua criada com o objetivo de ser neutra e universal. Segundo o professor, a iniciativa de publicar em Esperanto surge de um desejo de romper fronteiras e ampliar o alcance da divulgação científica. “A universidade deve ser um farol que lança luz sobre todos os mares, inclusive os mais inusitados. Publicar em uma língua internacional como o Esperanto é também uma forma de afirmar nossa produção cultural de maneira inclusiva e acessível”, destacou Amaro Braga.

Abordando a trajetória e o sucesso da Turma da Mônica, o artigo também destaca o fato de a obra de Maurício de Sousa já ter sido oficialmente traduzida para o Esperanto, sendo o primeiro quadrinho brasileiro a alcançar tal feito. Além disso, é uma análise de um produto cultural. Segundo o autor, que atua nas áreas de Sociologia e Antropologia, os quadrinhos oferecem pistas valiosas sobre valores, comportamentos e estruturas sociais brasileiras.

“Divulgar o que é significativo para o mercado editorial brasileiro, como a Turma da Mônica, também é uma forma de fazer ciência. É um processo de internacionalização do conhecimento. Por isso, precisamos buscar todos os espaços possíveis para levar a cultura brasileira ao mundo”, afirmou.

O texto integra uma série de estudos que o professor vem desenvolvendo sobre o mercado de quadrinhos no Brasil, com o objetivo de ampliar a presença da cultura pop nacional em espaços acadêmicos internacionais. A publicação, disponível na edição nº 336, de agosto de 2025, marca o início dessa iniciativa, que conta com o apoio da Associação dos Pesquisadores em Arte Sequencial (Aspas).

Para mais informações, acesse o site da Revista Literatura Foiro.