Ufal e Sociedade entrevista as pesquisadoras da Renorbio
Nesse mês de março destacamos as mulheres nas Ciências, conversando com Marília Goulart e Ana Paula Oliveira
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O Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) reúne as nove Universidades federais do nordeste e mais a Universidade Federal do Espírito Santo. O programa foi credenciado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em 2006, e em fevereiro deste ano atingiu a marca de mil teses publicadas.
A milésima tese foi defendida na Universidade Estadual do Ceará, mas é uma conquista do programa como um todo, envolvendo todas as universidades da rede, por isso, a marca foi celebrada também na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde o núcleo local da Renorbio já produziu 68 teses científicas nas diversas linhas de pesquisa da Biotecnologia.
A professora Marília Goulart e a técnica Ana Paula Oliveira concederam entrevista ao programa Ufal e Sociedade para falar do Renorbio. Marília Goulart é professora titular livre e está no Instituto de Química da Ufal (IQB), desde 1977. Ela participou da solenidade de abertura do Renorbio em 2006, em Teresina (PI). A cientista foi a primeira mulher com atuação em universidade nordestina na área de Química a ser empossada da Academia Brasileira de Ciências, em 2015.
Ana Paula é Técnica Administrativa em Educação (Tae), redistribuída pela Universidade de Lavras para a Ufal em 2011 e foi lotada na secretaria do núcleo da Renorbio no IQB. “Eu sempre quis atuar na pesquisa, mas as circunstâncias acabaram me levando para a área administrativa. Mas na Ufal, tive a oportunidade e o apoio para voltar a estudar e realizar meu doutoramento pela Renorbio. Conhecer o programa também como egressa me ajuda a orientar os colegas que procuram esclarecimentos na secretaria”, destaca a técnica.
Na Ufal, o programa conta com 13 docentes permanentes, 2 colaboradores e 56 estudantes. Marília Goulart destaca a importância do conhecimento gerado pela Renorbio. “A pesquisa produzida na Rede tem aplicações em várias áreas, como novas tecnologias para o tratamento de doenças negligenciadas, pesquisa para controle da Zika vírus, da leishmaniose e agora nos dedicaremos a essa nova ameaça que é o Coronavírus. Sem a Ciência é muito difícil garantir o enfrentamento a essas crises”, alerta a cientista.
A Rede também atua com inovação tecnológica para a agropecuária, indústria farmacêutica, perícia forense, entre outros campos de aplicação. “Consideramos que é um programa de sucesso e relevância e precisamos divulgar para a sociedade essa produtividade do programa, porque com essa ‘reestruturação’ da Capes, as bolsas foram suspensas para sete dos nossos doutorandos. Isso prejudica muito a dedicação exclusiva que é necessária para a pesquisa”, conclui Marília Goulart.
Ouça a entrevista completa no podcast.