Programa Ufal e Sociedade entrevista a professora Elizabeth Moura
A líder do Grupo de Pesquisa Multifuncional sobre Idosos (GPMI) fala sobre cuidados nessa pandemia
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O programa Ufal e Sociedade dessa semana trata sobre os cuidados com os idosos, que são o grupo mais vulnerável nessa pandemia. A professora Elizabeth Moura, líder do Grupo de Pesquisa Multiprofissional sobre Idosos (GPMI), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), destaca que o trabalho é preventivo. “Nosso grupo não lida com as doenças, mas com as medidas preventivas para a saúde dos idosos”, ressalta.
O grupo tem atividades semanais na Escola de Enfermagem, é aberto a estudantes de todos os cursos e está com inscrições abertas para novos participantes. “Temos atividades para os idosos em todos as áreas, falamos sobre Direitos dos Idosos, exercícios físicos para essa faixa etária, atendimento psicológico, orientação educacional, e muito outros temas. Queremos atingir todas as pessoas idosas, inclusive as da comunidade universitária”, relaciona Elizabeth.
Com relação à pandemia do covid 19, Elizabeth destaca que os cuidados rotineiros com os idosos devem ser agora reforçados. “A atenção que devemos dar aos nossos parentes de mais idade devem ser constantes. Morem eles sozinhos, com a família ou em instituições, não podem se sentir abandonados e solitários. Devem ser protegidos e receber atenção. Se nesse período não podemos estar perto, temos que ligar sempre, saber como estão e se precisam de alguma coisa”, orienta a líder do GPMI.
Elizabeth Moura indica que devemos cuidar mas sem tirar a autonomia dos idosos. “Para muitos deles, algumas atividades domésticas e de trabalho são muito importantes para manter o equilíbrio mental, emocional e físico. Os idosos também precisam sentir-se úteis. Por isso, se eles gostam de cuidar do jardim, arrumar a casa, participar de estudos, manter as atividades profissionais, devemos deixar, mas com acompanhamento e agora em isolamento social”, explica a professora.
A pesquisadora reforça, nesse período da pandemia, quando estamos em evolução da curva de contágio comunitário, o distanciamento social deve ser para todos. “É a forma mais segura de garantir que as pessoas mais jovens da família não sejam vetores de contaminação. Já sabemos com que facilidade o vírus se espalha, por isso, nesse momento, todos precisam ficar em casa. Quem precisa sair, ao retornar, tem que tomar todos os cuidados de higienização ao retornar”, alerta Elizabeth Moura.
Para mais informações, ouça a entrevista no podcast.