Ação solidária da Escola Técnica de Artes já entregou mais de 5 mil máscaras
O projeto de extensão Costurando Proteção é realizado pelo curso de Produção de Moda
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O curso de Produção de Moda, da Escola Técnica de Artes (ETA), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), está realizando, durante o isolamento social por conta da pandemia de covid-19, o projeto de Extensão Costurando Proteção, coordenado pela professora Elizete Menezes. A ação solidária visa a confecção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e capotes cirúrgicos para os profissionais da área de Saúde.
A ação foi iniciada logo nas primeiras semanas do isolamento social, de forma voluntária, e depois foi formalizada com o edital de Extensão para ações voltadas ao enfrentamento da pandemia. “Essa ação nasceu da vontade de ajudar, envolvendo toda a comunidade da ETA. Algumas empresas de moda se ofereceram para contribuir com o material para a produção de máscaras de tecido, de forma segura, com os voluntários contribuindo de casa”, contou Elizete.
Ela esclarece que o curso de Produção de Moda não é direcionado apenas para a confecção, mas os alunos que sabem costurar e têm máquinas de costura em casa, se dispuseram a ajudar. “Foi muito importante a contribuição da outra coordenadora do projeto, a professora Bruna Marques, que passou várias instruções de como confeccionar este material dentro dos padrões de segurança para que fossem eficientes na prevenção à contaminação do covid-19”, detalhou a professora Elizete.
Com a formalização do projeto de Extensão, foram garantidos recursos para a compra dos tecidos, elásticos, TNT e outros materiais necessários, além dos que foram doados. “A ação de Extensão tem duração de quatro meses, com uma meta de produção de 5 mil máscaras. Mas já ultrapassamos essa meta com dois meses de trabalho. Vamos continuar, porque a demanda de é muito grande. Essa semana, por exemplo, entregamos 117 capotes cirúrgicos para o Hospital Universitário”, conta a professora.
As máscaras de tecido estão sendo doadas para vários públicos, como os pacientes do HU, estudantes que moram na Residência Universitária, pessoal da área de segurança da Ufal, entre outros. “Além disso, fizemos também parceria com entidades externas, como uma instituição que atende crianças com microcefalia. Essa foi uma doação importante, porque essa entidade atende pessoas de baixa renda em todo o estado, que não têm condições de adquirir máscaras”, destaca Elizete.
A professora Elizete Mendes ressalta que o suporte da Universidade, por meio dos editais, permitiu que o projeto pudesse atender à todas as pessoas. “A colaboração dos doadores e a disposição dos estudantes, voluntários e bolsistas, também foi fundamental para atingirmos essa produção, que vai continuar. Estamos orientando também as pessoas a higienizar corretamente as máscaras para que cumpram a função de proteger contra o covid-19”, ressalta a coordenadora do projeto.
Provavelmente, vamos ter que nos adaptar por mais tempo às medidas de segurança, principalmente quando o isolamento social for flexibilizado. A professora Elizete Menezes considera que as máscaras vão passar a ser um acessório do nosso dia-a-dia. “Por isso mesmo, esse item está sendo customizado, de acordo com a preferência de quem usa. Temos máscaras com aplicação de crochê, bordadas, com aplicação de canutilho. O importante é lembrar que a máscara, além de bonita, precisa ser funcional, ou seja, ela precisa atender aos padrões de proteção”, finaliza a professora.