Aplicativo Tatu oferece acessibilidade a atrações turísticas de Maceió

App possibilita navegação em acervos de museus e pontos turísticos usando Bluetooth e GPS

Por Izadora Garcia - relações públicas
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Como tornar o turismo mais acessível? Foi buscando alternativas para esta pergunta que surgiu o app Tatu. O aplicativo já está disponível para download nas lojas virtuais Google Play (Android) e App Store (iOS) e pode ser encontrado buscando por “Tatu Maceió”. Ele oferece visitas guiadas por obras de museus e pontos turísticos da capital alagoana por meio das tecnologias GPS e Bluetooth.

O aplicativo fornece duas opções de perfis para os usuários: um voltado para pessoas com deficiência visual e outro para deficientes auditivos. O primeiro oferece as audiodescrições dos acervos e das atrações turísticas, dispondo da tecnologia Text-to-Speech, que é um sistema de conversão de textos ortográficos em fala. Já o perfil para pessoas surdas apresenta vídeos com a tradução dos conteúdos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Até o momento, o app abrange os museus Théo Brandão de Antropologia e Folclore e o de História Natural da Universidade Federal e Alagoas, o Palácio Floriano Peixoto, além dos monumentos da orla, que incluem esculturas de personalidades alagoanas e réplicas gigantes de obras dos mestres artesãos do estado. Novos pontos devem ser incluídos no projeto que contabiliza cerca de 80 downloads em suas primeiras semanas de oferta nas lojas de aplicativos.

A iniciativa, liderada pelo professor Fábio Coutinho do Instituto de Computação (IC) da Ufal, recebeu investimentos do Ministério do Turismo e da Fapeal e conta com a participação de técnicos, professores e estudantes da Universidade. Além do IC, também estão envolvidos no projeto o Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), o Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) e a Faculdade de Letras (Fale). A equipe toda que está envolvida nesse projeto você pode conhecer clicando aqui.

De acordo com o professor Coutinho, o projeto Tatu vem sendo executado desde 2017. “A ideia do aplicativo surgiu durante estudos de nosso grupo de pesquisa em colaboração com pesquisadores do curso de Turismo do Ifal [Instituto Federal de Alagoas], visando à formulação de uma proposta conjunta para concorrer a uma chamada pública voltada para a temática da acessibilidade”, reforçou.

E continua: “A proposta do aplicativo é oferecer acessibilidade e autonomia para pessoas com deficiência visual e auditiva enquanto visitam atrações turísticas de Maceió. Por meio da função Visita Guiada, o aplicativo possibilita ao usuário navegar entre as obras do acervo de museus e pontos turísticos da cidade utilizando Bluetooth e GPS. Além disso, o app oferece interfaces distintas para garantir usabilidade adequada às pessoas com deficiência visual e às pessoas com deficiência auditiva. Aos usuários com deficiência visual é apresentada uma tela voltada para o melhor uso de leitores de tela bem como audiodescrições dos itens que compõem o acervo do local visitado. Enquanto os usuários com deficiência auditiva dispõem de vídeos em Libras com informações do acervo do espaço visitado”.

Para saber mais sobre o projeto acesse: https://www.projetotatu.com.br/ ou o perfil da iniciativa no Instagram @projetotatu