Lançado livro infantil sobre folclore de Alagoas e está disponível na internet
Publicação Folclore alagoano com Moarcizinho e a Turma do Guerreirinho está repleta de informações sobre o universo da cultura popular alagoana
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A semana em que se comemora o Dia do Folclore, celebrado em 22 de agosto, chegou trazendo uma grande novidade: a publicação Folclore alagoano com Moarcizinho e a Turma do Guerreirinho. O livro, voltado para o público infantil, está repleto de informações sobre o universo da cultura popular alagoana, como folguedos, mestres e folcloristas. Tudo muito colorido, com ilustrações e mascotes inspirados na cultura local. Os aspectos didáticos e lúdicos do livro não se restringem aos textos e imagens. Há também uma parte intitulada “Hora de brincar”, na qual é possível colorir ilustrações, brincar com jogo da memória, com roupas dos folguedos e aprender a confeccionar chapéus de Guerreiro. O livro está disponível, gratuitamente, no Instagram do projeto Tatipirun.
O trabalho é uma realização do Tatipirun Atelier de Educação Patrimonial, que pertence ao grupo de pesquisa Representações do Lugar (Relu), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Ufal, além do Museu Théo Brandão (MTB), em parceria com o Arquivo Público de Alagoas (APA). O projeto foi idealizado pela arquiteta, professora da Ufal e coordenadora do Tatipirun Atelier, Adriana Capretz, que contou com outros pesquisadores e ilustradores na construção do livro.
O objetivo é que o material seja utilizado por pais, cuidadores de crianças e na atualização de professores. Uma das atualizações existentes na publicação é sobre o conceito de folclore. “O livro traz conceitos atuais sobre o assunto, amplia para a ideia de cultura popular, que é mais abrangente. O termo folclore é antigo, associava apenas às lendas, aos saberes tradicionais, mas de um modo congelado no tempo, pitoresco, associado ao povo de forma antagônica, com uma visão elitista. Quando o conceito foi ampliado para cultura popular, é entendido de forma mais ampla, como algo vivo e pertencente a todos, gerado a partir da relação que as pessoas têm com o seu lugar, tradições, convivência entre os outros”, explicou a professora.
Início da história
Além desse livro, o grupo produziu várias publicações anteriores [todas disponíveis na rede social do projeto] sobre cultura popular e voltadas ao público infantil. Adriana Capretz, juntamente com as outras professoras do grupo Relu, Adriana Guimarães e Josemary Ferrari, notaram a falta de publicações sobre o assunto e decidiram reunir seus conhecimentos em produções sobre a cultura popular. “Convivendo com as crianças de nossas famílias, percebemos que não havia livros ou materiais impressos sobre cultura de Alagoas voltados para o público infantil, e que pouco se ensina ou se vivencia sobre a cultura popular nas escolas. Diante desta realidade, decidimos juntar nossa experiência em história e patrimônio com o talento de nossos incríveis alunos de arquitetura e design e começamos a desenvolver jogos e livrinhos sobre o patrimônio material e imaterial de Alagoas”, relataram as professoras no texto de apresentação do livro, que tem as ilustrações produzidas por Ana Caroline Bastos, Giovani de Melo e Valnice Pereira.
O Relu faz extensão com o Arquivo Público e o MTB, integrando conteúdos dessas instituições às publicações produzidas. “Com o Arquivo, iniciamos logo após a última Bienal do Livro. Nessa parceria, ampliamos os personagens. Quando criamos um número maior dos mestres dos saberes e dos personagens que homenageiam as personalidades e os folguedos, fomos percebendo que tinha tudo a ver com o Museu Théo Brandão, pois abriga todos esses conhecimentos. Em contato com a direção, entendemos que o projeto poderia dar ênfase à educação patrimonial do Museu, que pode acontecer não necessariamente usando o espaço físico. A parceria é interessante porque as pessoas vão vendo que o Museu é algo vivo e que o aprendizado não se encerra no espaço físico”, ressaltou.