Joana Gajuru é tema da próxima edição do Munguzá Virtual
Documentarista e profissionais do teatro participam de live promovida pelo Museu Théo Brandão
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O Munguzá Virtual vai acontecer na quarta-feira (27), às 19h, com a live Joana Gajuru. O bate-papo sobre a primeira mulher mestra de Guerreiro e sobre o grupo de teatro que leva o seu nome terá a participação da jornalista Marta Moura e dos atores Lindolfo Amaral e Waneska Pimentel. O evento, realizado pelo Museu Théo Brandão (MTB), é mediado pela museóloga Hildênia Oliveira. A conversa será transmitida pelo canal do Museu no Youtube.
Joana Maria da Conceição, mais conhecida como Joana Gajuru, foi uma figura à frente do seu tempo, passando por preconceitos, perdas, admiração pelos trabalhos como empreiteira de fazendas e usinas e se tornando, por fim, uma das principais mestras de Guerreiro de Alagoas.
Lançado em 2018, o documentário “Joana Gajuru: de guerreira a rainha”, dirigido por Marta Moura, retrata a vida da mestra, por meio de levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que acompanharam a vida de Joana, como a museóloga Cármen Lúcia Dantas. O documentário foi resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), defendido por Marta na graduação em Jornalismo da Ufal.
Homenagem do teatro alagoano
A Associação Cultural Joana Gajuru é um grupo com 26 anos de trajetória, com peças de teatro de rua e espetáculos de palco. Fundado na capital alagoana, em 1994, por oito atores, a partir de uma oficina de teatro de rua realizada pelo grupo Imbuaça, de Sergipe.
Presidente da Associação, a produtora, atriz e diretora teatral Waneska Pimentel passou a integrar o grupo quatro anos após a sua fundação. Sempre teve forte presença em grande parte dos espetáculos, seja produzindo, atuando ou dirigindo. Sobre o nome do grupo, a atriz destacou a importância da homenagem. “É uma grande honra levar o nome de um mestre do folguedo, principalmente de Joana Gajuru, que é um ícone, uma mulher resistente, à frente de seu tempo, uma alagoana que quebrou barreiras. Para nós do grupo, sempre foi uma honra carregar esse nome que foi sugerido por uma integrante e a pedido da filha de Joana, a qual dizia que enquanto o grupo existisse, o nome da mestra seria sempre lembrado”, recordou Waneska.
O ator Lindolfo Amaral, do grupo de teatro sergipano Imbuaça, tem uma grande ligação com o Joana Gajuru desde o início dessa trajetória. “Fiz parte da fundação. Ministrei o curso de teatro de rua que deu origem ao grupo. Fui diretor do primeiro espetáculo. Depois disso, dirigi mais dois espetáculos, em 2004 e 2013”, contou.
Ao longo de sua trajetória, o grupo Joana Gajuru ganhou diversos prêmios em âmbito local e nacional. Algumas das realizações do grupo foi ter trabalhos participantes do projeto Pontos de Cultura, em anos anteriores.
O Munguzá Virtual surgiu a partir do tradicional Munguzá Cultural, evento mensal promovido pelo MTB, com um bate-papo sobre assuntos variados. Na ocasião, um munguzá era servido aos participantes. Por causa da pandemia, o evento teve uma adaptação para a versão virtual.