Orquestra Sinfônica volta aos palcos no encerramento do Festival de Música

Apresentação do grupo de cordas da Orquestra ocorreu no último sábado (22), após quase três anos sem concertos, por conta da pandemia da covid-19

Por Jamerson Soares – estudante de Jornalismo - Bureau de Comunicação
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Maestro Nilton Souza no comando da apresentação do grupo de cordas da Orquestra Sinfônica Universitária (Fotos de Roberta Brito)
Maestro Nilton Souza no comando da apresentação do grupo de cordas da Orquestra Sinfônica Universitária (Fotos de Roberta Brito)

Após quase três anos de pandemia da covid-19, que impossibilitou a ida do público aos espaços culturais, a Orquestra Sinfônica Universitária (OSU) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) voltou aos palcos para apresentar concertos e recitais. A reestreia da orquestra aconteceu no último sábado (22) na noite de encerramento do Festival de Música de Penedo.

O grupo é composto por estudantes de diversos cursos da Universidade, como Música, Nutrição, Engenharia, Educação Física e Psicologia. Os meninos e meninas da orquestra foram os primeiros a se apresentarem, sob a regência do maestro Nilton Souza, docente da Escola Técnica de Artes (ETA) da Ufal.

Na apresentação, a orquestra alinhou o compromisso com o som harmonioso à beleza dos compassos. Peças de compositores como Mestre Vitalino, Carlos Cruz e Alberto Nepomuceno foram tocadas no palco. Apenas a seção de cordas se apresentou com violinos, violoncelos, violas, entre outros.

Era possível ver o entusiasmo e a força da expressão nos olhos atentos dos estudantes músicos. Alguns deles até batiam o pé no palco de madeira de forma sincronizada para acompanhar o ritmo. Antes de cada peça musical, nos primeiros segundos de preparação, pairava no ambiente uma sensação de que nenhum ruído poderia quebrar o silêncio.

Para Nilton Souza, é um desafio voltar ao palco com os jovens músicos, mas, ao mesmo tempo, é emocionante. Ele acredita que voltar com a orquestra significa que a Ufal terá novamente um protagonismo no campo das artes.

"Para todos nós tem sido um desafio voltar ao palco. A pandemia teve um impacto muito ruim na parte psicológica, na parte do artista, porque ele deixou de ter a interação presencial com o público, para realizar seus trabalhos por meio das redes socais. Essa nossa volta representa mais uma oportunidade que os garotos e garotas terão para se expressar artisticamente. Hoje (sábado, 22) tivemos apenas a seção de cordas, mas futuramente a gente vai estar com a orquestra sinfônica completa", disse o maestro.

A orquestra da Ufal foi criada em 1980, com a participação dos primeiros integrantes Danilo Gama, Benedito, Josélio Rocha, violinista que ainda está na orquestra, entre outros que foram se unindo ao grupo.

O Festival

O Festival de Música de Penedo é uma realização da Ufal em parceria com o Governo do Estado e Prefeitura de Penedo, com patrocínio do Sebrae. Também conta com vários parceiros: Lamus - Laboratório de Musicologia; Cesem - Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical; Confederação Musical Portuguesa; Arizon State University; Miami University; República Portuguesa; Bureau de Comunicação Comunitária, coordenada por Keka Rabelo Comunicação e Agerrp-Ufal - Agência Experimental de Relações Públicas, que tem a coordenação geral de Manuela Callou, sob orientação de GT de Comunicação com Festival de Música de Penedo e Centro de Musicologia de Penedo (Cemupe/Ufal).