NAC lança campanha sobre a importância da acessibilidade digital

Objetivo é sensibilizar a comunidade universitária sobre o protagonismo de cada um na criação de uma sociedade mais acessível

Por Izadora Garcia - relações públicas
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O Núcleo de Acessibilidade (NAC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) deu início a campanha “Eu posso? Acessufalidade”. O objetivo da ação é conscientizar a comunidade universitária sobre a importância da causa e do engajamento na construção de uma política de acessibilidade digital. O NAC criou peças de divulgação que convidam a comunidade acadêmica a pensar a respeito do tema.

De acordo com Alexandre Marinho, analista do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), o site da Universidade Federal de Alagoas foi construído com base no CMS Plone, que segue o padrão WCAG v21 AA,  (Web Content Accessibility Guidelines – Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web, em português). Além disso, são realizadas avaliações periódicas em diferentes ferramentas para manter o padrão, o que confere ao portal um nível alto de acessibilidade.

Segundo Danielly Spósito, Assistente Social do NAC, tanto o portal da Universidade, quanto a plataforma Moodle e os sistemas Sigaa e SieWeb foram minuciosamente analisados para promover essa acessibilidade. O trabalho envolveu a necessidade de uma troca constante entre o NTI e o NAC e essa parceria rendeu bons frutos. “A partir disso, sentimos a necessidade de criar uma campanha ampla para que possamos sensibilizar a comunidade acadêmica sobre o protagonismo de cada um no que se refere à acessibilidade, seja ela digital, pedagógica, arquitetônica, comunicacional, atitudinal ou normativa”, explicou.

O mote da campanha é fazer com que a comunidade universitária questione sempre se as Pessoas com Deficiência (PcD) que fazem parte de universidade têm como acessar essas plataformas disponíveis e o que fazer para melhorar essa relação. “Nós da comunidade acadêmica podemos ajudar, informando ao NTI sobre ajustes. Podemos dialogar e apresentar propostas de acessibilidade, assumindo o protagonismo de uma sociedade cada vez mais inclusiva”, complementou.

A lei Brasileira de inclusão das PcDs tornou obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no Brasil, ou por órgãos de governo. A acessibilidade digital pressupõe sites, plataformas, portais, material audiovisual sejam acessíveis no que se refere à compreensão, utilização e navegação.

Segundo o IBGE, cerca de 24% da população brasileira apresenta ao menos uma deficiência. “Na Ufal, temos atualmente 388 PcD, TEA ou Altas habilidades/Superdotação com matrículas ativas, mas inúmeros outros estudantes, servidores e a sociedade em geral serão beneficiados com a expansão da acessibilidade digital”, explicou Jean Bernardo, coordenador do NAC.

Uma Ufal mais acessível

Além da campanha, o NAC tem desenvolvido oficinas de audiodescrição para docentes e realizará um curso de capacitação para novos membros da equipe do Núcleo e para servidores da Assessoria de Comunicação e da Biblioteca Central.

De acordo com Spósito, o NAC também está aberto a receber demandas das unidades acadêmicas que tenham interesse em cursos de formação ampla ou específica para acolher estudantes PcD. A Comissão de Acessibilidade Digital também dispõe de materiais que auxiliam na criação de ambientes virtuais mais acessíveis e inclusivos.