Mesa-redonda discute visibilidade trans nesta quinta-feira (26)
Evento celebra data nacional comemorada no dia 29 de janeiro
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O Grupo de Estudos e Pesquisas em História, Gênero e Sexualidade (GEPHGS) da Ufal realiza na próxima quinta-feira (26), às 19h, uma mesa-redonda como tema “Que visibilidade desejamos?”. O evento acontece em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro. Segundo o professor Elias Veras, coordenador da ação, a ideia é historicizar e problematizar a transfobia estruturante presente na Universidade, e, de modo geral, na sociedade.
“É um tema muito importante para ser divulgado. Esta atividade faz parte das atividades de extensão do Grupo de Estudos e Pesquisas em História, Gênero e Sexualidade (GEPHGS/Ufal), que desde 2018, ano em que foi criado, vem desenvolvendo uma série de ações de ensino, pesquisa e extensão com foco nas discussões de gênero e sexualidade, a partir de uma perspectiva interseccional e interdisciplinar”, diz.
Para Stella Iris, palestrante e estudante do curso de Relações Públicas da Ufal, discutir visibilidade trans é também discutir as possibilidades e políticas públicas de acessibilidade, viabilizar a ocupação trans nos espaços acadêmicos e no mercado de trabalho.
“Nada melhor para o aprendizado do que o próprio convívio com as diferenças e possibilidades de ser, um corpo transvestigenere por si só é uma ferramenta política e de transformação social, para além da ótica cis-biológica-binarista. Fomentar essas discussões é extremamente importante no âmbito acadêmico e o GEPHGS tem papel super importante na pesquisa e debates dessas questões”, afirma.
Também palestrando no evento, Eloísa Costa, membra do GEPHGS, explica que em sua apresentação tomará como base as questões de desistências de alunos trans da escola à universidade; o forte discurso da imprensa e a determinação dos esteriótipos sobre corpos trans, principalmente travesti.
“Por fim, entrarei no discurso transfeminista para a autodeterminação dos diferentes corpos trans, uma luta que se baseia em nós por nós mesmas. Sou estudante do curso de História Licenciatura da Ufal, além de ser pesquisadora no grupo GEPHGS. Vou me basear um pouco sobre como os jovens percebem nós, travestis e transexuais, como uma orientação sexual por meio de uma ‘homossexualidade transformada’”, avisa.
O evento acontece de forma presencial, na sala da pós-graduação de História, às 19h, e é aberto ao público. Não é necessário ser inscrever previamente. Os participantes levam certificado ao final.
O professor Veras lembra que dentre as intervenções já realizadas pelo GEPHGS estão, as edições do Colóquio Diálogos Interdisciplinares sobre gênero, raça e sexualidade, a publicação do livro ‘Corpos em aliança: diálogos interdisciplinares sobre gênero, raça e sexualidade’, disponível para download gratuito, e o projeto ‘Acervos, afetos e memórias das lutas LGBTQIA+ em Alagoas’. Os interessados na temática podem conferir as atividades do grupo também pelo canal do GEPHGS no Youtube.