Ufal e Sociedade reflete sobre os significados do Dia Internacional das Mulheres

Mulheres da universidade falam do contexto histórico e das várias lutas enfrentadas em busca de igualdade

Por Lenilda Luna - jornalista
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Como data histórica e política, o Dia Internacional das Mulheres é contextualizado de formas diversas e a partir de múltiplas referências, mas se tem uma refutação em comum entre as pesquisadoras, feministas e ativistas políticas é que essa data não é um dia de galanteios, flores e presentes. É uma data para celebrar conquistas e denunciar discriminações, violências e opressões que ainda impedem as mulheres de ocupar os espaços a que elas têm direito na sociedade.

Existem várias referências sobre o surgimento do 8 de março. Uma delas faz menção a reivindicações feministas, em agosto de 1910, quando a alemã Clara Zetkin propôs, na reunião da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, a criação de uma jornada de manifestações. Um ano depois, em 1911, nos Estados Unidos, no dia 25 de março, um incêndio numa fábrica matou 125 mulheres e expôs para o mundo as péssimas condições de trabalho a que as operárias eram submetidas.

A data do dia internacional das mulheres só foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 70. A professora Elaine Pimentel, da Faculdade de Direito, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) inicia o programa Ufal e Sociedade, que vai ao ar na semana do Dia Internacional das Mulheres, colocando um pouco deste histórico e algumas reflexões sobre o significado político do 8 de março como marco de lutas sociais, principalmente das mulheres trabalhadoras.

Em seguida, a professora Camila Beder, da Faculdade de Odontologia (Foufal), parabeniza todas as mulheres da comunidade Ufal, nos segmentos professoras, técnicas, prestadoras de serviço e estudantes. A vice-reitora Eliane Cavalcanti também faz questão de destacar todos os setores em que as mulheres da Ufal contribuem decisivamente em diversas atividades. Ela cita algumas profissionais representativas das categorias em que atuam e faz uma homenagem a todas.

Temos muitos exemplos de mulheres lutadoras e fortes na Universidade e na sociedade alagoana. Mulheres que ocupam vários espaços de liderança administrativa, política e acadêmica. Mulheres que exercem duplas e triplas jornadas de trabalho, que se desdobram para dar conta de tarefas como pesquisadoras, professoras, extensionistas, mães. Muitas vezes, essa sobrecarga gera adoecimento e também impede que essas profissionais tenham a mesma possibilidade de desempenho e crescimento que seus colegas homens. São depoimentos e ponderações colocadas pelas professoras Adriana Capretz, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), e Aline Fidelis, do Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF).

E para encerrar o programa Ufal e Sociedade especial sobre o Dia Internacional das Mulheres, a professora Telma Low, do Instituto de Psicologia (IP), faz ponderações sobre a diversidade das mulheres, “porque somos diversas nos quesitos étnico-raciais, com ou sem deficiência, de identidade de gênero e orientação sexual, somos de diferentes gerações e de classe social, diferentes lugares de origem e moradia, algumas de nós somos mães e outras não, e todas estamos aqui juntas nessa luta pela garantia de equidade e dos direitos para uma vida digna e sem violências: sem racismo, sem sexismo, sem capacitismo, longe das desigualdades e opressões que nos marcam ao longo da história”, inicia Telma Low.

Esta edição do programa Ufal e Sociedade traz um conteúdo com celebração, denúncias, reflexões, história, dados científicos, depoimentos pessoais, exemplos de superação e muito conhecimento compartilhado por essas mulheres incríveis. Vale a pena ouvir e compartilhar! O programa vai ao ar na Rádio Ufal na segunda-feira (6), às 11h, será repetido durante a semana neste mesmo horário e vai ficar disponível no podcast Ufal e Sociedade