Bienal terá Frederico Pernambucano, Robério Santos e Silvio de Bulhões

Escritores têm produção literária em comum sobre o cangaço

Por Deriky Pereira - jornalista
- Atualizado em
Estarão na Bienal: Frederico Pernambucano, Robério Santos e Silvio Hermano de Bulhões
Estarão na Bienal: Frederico Pernambucano, Robério Santos e Silvio Hermano de Bulhões

A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas confirma a participação de terá Frederico Pernambucano, Robério Santos e Silvio Hermano de Bulhões. Os escritores, que têm publicações em comum com o tema do cangaço no Brasil, estarão no maior evento cultural e literário do estado, cuja realização será entre os dias 11 e 20 de agosto no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, em Maceió. A entrada é franca.

Sílvio Hermano de Bulhões é filho biológico de Christino Gomes da Silva Cleto (Corisco) e Sérgia Maria da Conceição (Dadá), cangaceiros que fizeram parte do bando de Lampião. No entanto, ainda recém-nascido, em 1935 ele foi enviado para o padre Bulhões e sua irmã Liquinha e viveu toda a infância em Santana do Ipanema, cidade do interior de Alagoas.

Também docente nas áreas de Matemática e de Estatística, em Santana do Ipanema, Silvio também é autor do livro “Memórias de um filho de cangaceiros – Corisco e Dadá”, que leva o selo da editora SWA Instituto. A obra, em suas 244 páginas, registra informações adquiridas por ele em conversas onde ele retrata, de forma simples e direta, sua relação de amor com os pais – biológicos e adotivos.

Frederico nasceu em 1947, no Recife, e tem formação em Ciências Jurídicas e Sociais, além de especialização em Direito e Administração de Assuntos Culturais. Entre os anos de 1972 e 1987, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre na Fundação Joaquim Nabuco, onde estudou sobre a História Social do Nordeste com foco nos aspectos de conflito, sendo reconhecido por ele, em 1984, como o “mestre dos mestres” quando o tema era cangaço.

Em 1988, foi eleito para a Academia Pernambucana de Letras (APL), mas também é membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Dentre outras obras, carregam sua assinatura os livros “Guerreiros do Sol – violência e banditismo no Nordeste do Brasil (A Girafa)”, “Estrelas de couro – A Estética do Cangaço” e “A Guerra Total de Canudos.”

Já Robério Santos é jornalista, cineasta, fotógrafo, romancista e pesquisador, tendo criado, também, a revista OMNIA. O sergipano, apaixonado por fotografia, foi autor de um trabalho de reprodução de chapas fotográficas antigas dos grandes fotógrafos itabaianenses, mormente Miguel Teixeira da Cunha, Percílio da Costa Andrade e João Teixeira Lobo – sendo este patrono da Academia Itabaianense de Letras, onde ele ocupa a cadeira nº 15.

É autor de obras como: “O Vendedor de Sereias”, “Joãozinho Retratista – o mestre da fotografia”, “Lampião e Volta Seca em Itabaiana”, “Zeca Mesquita, o Visionário”, “O Jacaré e o Passarinho”,” Maniçoba”, “As Quatro Vidas de Volta Seca”, dentre outros. Além disso, é professor secundarista e, nas horas vagas, continua sua frenética busca em variados temas como o mais recente deles, o cangaço.

Sobre a Bienal

A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Ufal, tendo como correalizador o Governo de Alagoas e suas secretarias e patrocínio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes). Sob a coordenação da professora Sheila Maluf, o evento tem ainda apoio do Sebrae, Sesc, Natura e Instituto Natura, Hotel Ponta Verde, Empresa Junior de Arquitetura e Engenharia Civil (Ejec) e outras instituições.

Veja as novidades aqui no site e acompanhe também as redes sociais do evento: @bienaldealagoas no Instagram, Twitter e Facebook.