Nesta segunda (10), Ufal e sociedade fala sobre o Julho das Pretas

A entrevista é com Alycia Oliveira, assessora da Neabi-Ufal

Por Lenilda Luna - jornalista
- Atualizado em

Ativista do movimento negro, graduada e pós-graduada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Geografia, a professora Alycia Oliveira presta assessoria ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) e está organizando o Julho das Pretas, um evento que reúne mulheres negras para conversar sobre vivências e desafios na academia, na política e na sociedade.

Na entrevista concedida ao programa Ufal e Sociedade, da Rádio Ufal, que vai ao ar a partir da próxima segunda-feira (10), às 11h, Alycia fala da própria trajetória enquanto mulher negra periférica, que teve acesso a Universidade pública e como a educação teve esse papel impulsionador na vida dela, para a construção de uma identidade política e social que reivindica uma sociedade igualitária e antirracista.

A partir dessa construção, Alycia fala do significado do dia 25 de julho como data que resgata internacionalmente a resistência da mulher negra latino-americana e caribenha e, no Brasil, celebra a liderança e coragem de Teresa de Benguela, que comandou o Quilombo do Quariterê, no século 18. “Importante fazer esse resgate histórico, já que as mulheres em geral, e principalmente as mulheres negras, são apagadas dos registros históricos”, destaca a ativista

Por fim, na entrevista, Alycia detalha a programação do Julho das Pretas na Ufal, com atividades nos dias 27 e 28 de julho, no auditório da Reitoria da Ufal. O evento contará com a presença da ativista Robeyoncé Lima, primeira advogada trans, negra e nordestina a conseguir inserir o nome social na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que teve mais de 80 mil votos como candidata a deputada federal na última eleição.