Congresso de pesquisadores negros do NE acontece pela primeira vez em Maceió
Evento acontece na Ufal, Ifal e na Praia de Pajuçara
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A quarta edição do Congresso de Pesquisadores Negros do Nordeste acontecerá pela primeira vez em Maceió, entre os dias 11 e 15 de novembro, totalmente presencial. A realização é da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN).
Tendo como tema central “Duas décadas das ações afirmativas: o legado de Palmares e o futuro das políticas públicas”, o congresso contará com programação na Ufal, no Ifal, e também no evento “Vamos Subir a Serra”, na Praia da Pajuçara, em Maceió.
Durante os cinco dias, a estimativa é receber cerca de duas mil pessoas, promovendo momentos de reflexão sobre a importância das políticas de ações afirmativas no Nordeste e avaliar os desafios e avanços de tais políticas para a população negra na região.
Podem se inscrever estudantes do ensino médio, graduandos e graduados, professores universitários e da educação básica, ativistas de movimentos sociais, pesquisadores independentes e a comunidade em geral. Confira todas as categorias no site oficial do congresso.
Durante o evento acontecerão minicursos, mesas redondas, apresentação de trabalhos em seminários temáticos, lançamento de livros, oficina e uma ampla programação cultural, além da presença de grandes nome do movimento negro brasileiro como Kabengele Munanga, Helena Theodoro e Zezito Araujo.
Sobre o evento
A partir de 1980, lideranças do movimento negro e alguns pesquisadores começaram a se reunir anualmente em Maceió e em União dos Palmares, no mês de novembro. Em 1981, por exemplo, foi realizado em Maceió o 1° Simpósio Nacional Sobre o Quilombo dos Palmares, em que estiveram presentes grandes nomes como: Abdias Nascimento, Lélia Gonzalez, Januário Garcia, Zezé Mota, Clóvis Moura, Joel Rufino e Hamilton Cardoso.
Os participantes subiram a Serra da Barriga em caravana e muitos seguiram para Pernambuco, onde seria realizada a Missa dos Quilombos, na Praça do Carmo, em Recife, com mais de 8 mil pessoas. Naquela ocasião, estava em discussão o tombamento da Serra da Barriga e a proposta do movimento negro da constituição do Memorial Zumbi como uma pedra fundamental na construção de um Brasil democrático e pluricultural.
Além das reuniões do Memorial Zumbi ao longo dos anos 1980, outros eventos de destaque ocorridos na Ufal reuniram a militância negra brasileira e, em particular, a nordestina. Acompanhe as atualizações recentes no @IVCOPENE no Instagram e no site oficial.