Revista Mundaú recebe submissões de trabalhos até 31 de janeiro
Publicações devem falar sobre efeitos e comparações das relações entre maternidades, práticas de cuidado e tecnologias de governo
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A Revista Mundaú, publicação do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), está com as inscrições abertas, até 31 deste mês, para o envio de trabalhos que vão compor a 15ª edição da publicação. Organizado pelas docentes Débora Allebrandt, da Ufal, e Alessandra Rinaldi, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o dossiê tem como tema Maternidade, Práticas de Cuidado e Tecnologias de Governo.
“Tomamos o termo maternidades no plural para evidenciar as diversas possibilidades em que o exercício de maternar está imerso. Maternidades podem ser biológicas, adotivas e ou afetivas, estão imersas em relações coparentais, homoparentais, inter-raciais e entre trânsitos de fronteiras nacionais. Mães de defiças [pessoas com deficiência], mães de trans, mães de anjo, mães órfãs. Elas podem ter sido planejadas, interrompidas, violadas e violentadas. Tecnologias de governo avaliam e interferem nas práticas de cuidado oriundas do maternar”, explicaram as organizadoras.
Nesse contexto, segundo elas, o direito à maternidade está envolto em uma série de desigualdades e particularidades que ora dificultam e até impossibilitam o seu exercício. E para compor a nova edição da publicação, os interessados podem enviar contribuições variadas, tais como: artigos, encartes visuais, resenhas, debates e entrevistas.
“Nesse dossiê buscamos receber trabalhos que explorem efeitos e comparações das relações entre maternidades, práticas de cuidado e tecnologias de governo. Esperamos artigos que dialoguem com as mais variadas formas de constituição maternidade e filiação, explorando de forma crítica com processos de desromantização da maternidade, adoção e práticas de cuidado”, complementaram as docentes.
Sugestões de temas
Temas como formas de moralização das maternidades e acesso à justiça; tecnologias de governo e os efeitos das ações disruptivas do estado, tanto em práticas de adoção [celeridade dos processos de retirada e perda do poder familiar, mudança de nome, apagamento de ciclos nos processos de busca de memória, busca de origens, entre outros] como violências que envolvem a maternidade e estejam atreladas à governança reprodutiva e violências perpetradas pelo estado são aguardados pela publicação.
“Também são bem-vindos artigos que explorem a escrita das militâncias e os efeitos das tecnologias de governo atreladas ao maternar para o pertencimento e biografia e seus efeitos na procura e nos sentidos sobre si”, explicaramm as professoras Débora Allebrandt e Alessandra Rinaldi em texto da chamada para publicações de trabalhos na Revista Mundaú.
Como submeter trabalhos
Os artigos submetidos ao fluxo contínuo, que devem ser enviados anonimizados, serão avaliados por pareceristas e, em caso de aceitação, a inclusão no número da revista é condicionada ao encerramento do trabalho editorial. Podem ser publicados em português, espanhol, inglês e francês e devem ser enviados em arquivo com formatos Microsoft Word, OpenOffice ou RTF, em texto corrido e sem o uso de recursos sofisticados de formatação.
Os textos devem conter até 1.100 palavras contabilizando resumo (que deve ter de 100 a 150 palavras), palavras-chave (até cinco inclusas no resumo), notas e referências bibliográficas. O título, o resumo e as palavras-chave devem ser apresentados em português, inglês, francês e espanhol. Além disso, cabe reforçar ainda que cada autor ou conjunto de autores pode submeter apenas um artigo para cada dossiê temático. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores. Leia mais aqui.
Saiba mais sobre a Revista Mundaú no site oficial onde você também pode conferir exemplares anteriores da publicação. Acompanhe também o perfil da Revista no Instagram. Você também pode enviar um e-mail para revistamundau@gmail.com para saber mais detalhes sobre a submissão dos trabalhos.