15ª edição chega ao fim, e equipe do Femupe já começa planejamento para 2025
Em maio terá a edição da Europa e, em outubro, a 16ª em Penedo
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Chegou ao fim mais uma edição do Festival de Música de Penedo (Femupe), com resultados muito positivos não só para o evento em si, mas também para a economia do município, que registrou quase 100% de ocupação da rede hoteleira. Essa é uma prova que a Universidade Federal de Alagoas acertou ao escolher a cidade histórica para fincar raízes e promover o intercâmbio entre gerações de músicos e pesquisadores e entre nações, já que, além do Brasil, há participantes vindos da Europa e da África.
De acordo com Marcos Moreira, coordenador-geral do Femupe, agora é pensar em 2025. “Chegamos ao final da 15ª edição, mas já começamos a pensar nos eventos do próximo ano. O Festival não para, porque a gente termina um e já começa a elaborar o projeto o próximo. Isso porque em maio será a edição do festival na Europa e, em outubro, voltaremos a Penedo com a 16ª edição. Nossa missão é promover intercâmbio entre músicos já consagrados e iniciantes. Todos imbuídos de um bem maior que é levar música de qualidade para diversos públicos. Os shows são a cereja do bolo, para brindar o público penedense e os turistas que visitam a cidade”, destacou.
Moreira comemora o resultado positivo deste ano, com a realização de 24 atividades pedagógicas, 15 atrações artísticas e a participação de sete bandas e fanfarras de Alagoas e Sergipe. “Estou muito feliz por termos conseguido realizar mais uma edição do Festival. Conseguimos dar mais visibilidade às nossas bandas e fanfarras, porque além do desfile tradicional pelas ruas, colocamos todas para se apresentarem no teatro, e o público vibrou muito”, registrou.
E completa: “O resultado foi fantástico, mais um recorde de inscrições e a emissão de mais de 400 certificados. Com isso alcançamos 4.972 horas certificadas de nossas atividades, sem falar na produção científica, publicação de livros e e-books, debates e troca de conhecimento nos encontros. Essa é a prova de que a música vai além do entretenimento. É um festival dedicado a músicos; de músicos para músicos e tudo acompanhado pela comunidade gratuitamente.”
O coordenador destaca a união de esforços para o festival acontecer. “Fazemos um esforço gigantesco durante todo o ano para oferecer uma programação recheada de bons músicos e atividades acadêmicas. Este ano, fechamos em três dias intensos de atividades e já está deixando saudade. Essa é a sensação que a gente quer que as pessoas sintam, o gostinho de quero mais”, completou Moreira.
E dispara: “Nesses 15 anos de festival, nós já conectamos muitas pessoas nas mais diversas atividades. A música faz tudo isso; é uma ferramenta importantíssima para aproximar as pessoas, porque a música chega até as pessoas pelo sentir, pelo coração. Esse é o grande legado deixado pelo Femupe.”
Em entrevista ao vivo à Rádio Ufal na última noite do festival, Moreira falou do orgulho de pertencer à Universidade Federal de Alagoas. “Tenho um orgulho muito grande da Ufal, porque minha instituição acredita e aposta nesse projeto. Prova disso é que uma grande equipe vem para Penedo para fazer o festival acontecer e ser propagado para o mundo. Veja que interessante, estamos com a Rádio Ufal entrando ao vivo todos os dias, diretamente do Teatro Sete de Setembro, registrando tudo que acontece. É um envolvimento coletivo da Assessoria de Comunicação da Ufal, da equipe da Sinfra e de tantos outros setores que acreditam no poder do trabalho coletivo em benefício da comunidade. Só tenho a agradecer a Tonholo [Josealdo, reitor]. Dá um orgulho danado da nossa Universidade e é por isso que a gente renova as forças para a cada ano fazer mais e melhor”, disse, emocionado.
Ele também lembrou que tudo isso está diretamente ligado à graduação em Música. “É o Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes tendo seu protagonismo, por meio do curso de licenciatura em Música e do Cemupe [Centro de Musicologia de Penedo], reconheceu.
Além dos números positivos da área acadêmica e programação artística, Moreira revela a satisfação de o Festival contribuir para a economia criativa de Penedo. “Temos registro de que a rede hoteleira está com quase 100% de ocupação e o nosso festival é um dos responsáveis por isso. É um esforço conjunto da Universidade e dos nossos parceiros correalizadores do Femupe: a Prefeitura de Penedo, o Sesc Alagoas e a Sociedade Montepio dos Artistas de Penedo”, afirmou.
A fala do coordenador-geral do evento sobre a importância do festival para Penedo foi confirmada pelo secretário de Turismo do município, Jair Galvão. “Durante três dias, Penedo se transformou na capital alagoana da boa música. É um evento muito importante de valorização e de resgate dos saberes populares, da cultura e da economia criativa, afinal Penedo compõe o seleto grupo de 300 cidades no mundo que fazem parte da rede mundial de cidades criativas da Unesco. O festival apresenta Penedo como destino cultural e criativo no Nordeste”, disse por meio do perfil oficial da Prefeitura no Instagram.
Galvão afirma ainda que o público do Festival de Música de Penedo é formado por diversos participantes, incluindo professores e pesquisadores de outros estados e países. “Penedo caminha para se tornar a capital criativa do estado de Alagoas. A 15ª edição do Festival de Música, mais uma vez, cumpre sua missão de valorizar e resgatar a cultura, ao mesmo tempo que movimenta a economia do turismo”, revelou.
Certificados
Este ano, o Femupe teve recorde de inscrições. Foram 658 e a maior parte de pessoas inscritas, estão na faixa etária dos 18 aos 30 anos (38,37%). O segundo maior grupo de inscritos está na faixa dos 31 aos 60 anos (30,06%), seguido da faixa dos 13 aos 17 anos (26,47%), até 12 anos (3,21%) e acima de 60 anos (1,89%). Todas essas pessoas distribuídas em três níveis de experiência musical: intermediário (50,47%), iniciante (37,62%) e avançado (11,91%).
De acordo com Luann Veiga, analista de Música do Sesc-AL e diretor de Ensino e Desenvolvimento do Femupe, os certificados já estão disponíveis no site femupe.com. Para acessá-los, basta visitar a aba de Certificação e inserir o número do seu CPF. “Alunos e alunas que fizeram inscrição manual durante o festival e não estavam na lista inicial terão seus certificados emitidos ao longo desta semana”, anunciou.
Ao todo, foram 403 certificados emitidos, 4.972 horas contabilizadas e 324 pessoas certificadas.
Rádio Ufal
Pois é, mais um ano e a Rádio Ufal web esteve presente na cobertura do Festival e contabilizou 13 horas, 7 minutos e 25 segundos de transmissão ao vivo durante os três dias do evento. A Assessoria de Comunicação (Ascom) da Ufal assumiu mais esse desafio de levar a rádio para o Femupe, com uma equipe experiente e muito comprometida: Lenilda Luna e Alberto Nobre na apresentação, Cecília Calado na produção e reportagem e Edilberto Sandes (Brother) na direção técnica.
Além da transmissão ao vivo, com o programa Sons do Velho Chico, a equipe se desdobrou para ir aos outros locais onde o evento acontecia para gravar flashes para o Boletim Femupe. Tudo já disponível nos podcasts do site radio.ufal.br.
A Ascom montou uma equipe multiprofissional para dar o suporte necessário para divulgar o festival para o mundo. Além da equipe da rádio, também montou redação para o site e para o canal @festival_musica_penedo no Instagram, além de designers e fotógrafas. Foram 15 profissionais envolvidos, incluindo a parceria com o Sesc Alagoas: Sandra Peixoto, Jamerson Soares, Roberta Brito, Denyze Moares, Sérvio Diniz, Isadora Ulisses, Fabiana Barros, Layane Patrícia, Cecília Calado, Lenilda Luna, Alberto Nobre e Brother. Além de Camila Fialho, responsável pela identidade visual do Femupe, e a design Janaína Araújo, que ficaram em Maceió dando todo o suporte para a equipe em Penedo.