Ministério do Meio Ambiente lança curso com a Ufal para atender cinco mil veterinários
O curso vai capacitar profissionais para técnica de castração minimamente invasiva em cães e gatos
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vai sediar a etapa presencial de um curso de qualificação de médicos-veterinários em técnicas de esterilização cirúrgica minimamente invasiva. A ação é uma parceria com as universidades Federal do Paraná (UFPR) e de Brasília (UnB), por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança no Clima (MMA).
As inscrições para o curso são gratuitas e seguem abertas até o dia 30 de agosto, com oferta de cinco mil vagas. Para se inscrever, basta acessar aqui.
O curso tem apoio do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e integra o conjunto de ações do Programa Nacional de Proteção e Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos. As aulas serão em dois módulos independentes: a primeira fase será on-line e a segunda, presencial.
A etapa de qualificação teórica será realizada na plataforma de ensino a distância do MMA e terá carga horária de 12 horas/aula, que deve ser concluída entre 10 e 30 de setembro.
Ao fim do primeiro módulo, o participante que tiver aproveitamento mínimo de 85% receberá um link para inscrição na etapa prática presencial. A disponibilidade inicial será de 660 vagas, que serão preenchidas segundo as prioridades.
As aulas práticas ocorrerão nos campi da Ufal, da UFBR da UnB, portanto, os aprovados devem indicar em qual campus desejam realizar as atividades e se responsabilizar pelos custos de deslocamento e hospedagem.
A carga horária da parte prática é de 16 horas/aula, incluindo aulas de técnicas cirúrgicas que serão realizadas em dois dias, segundo agendamento do participante no módulo de inscrição da fase presencial.
A prioridade das vagas presenciais será de médicos-veterinários públicos que atuem em programas municipais de manejo populacional de cães e gatos ou em programas de manejo populacional em Unidades de Conservação.
Na sequência, as prioridades serão de veterinários que se encaixam nos seguintes critérios: atuam em projetos financiados pelo MMA; trabalham há mais de 12 meses em ONGs, abrigos ou no atendimento de mutirões de castração; têm vínculo com instituições públicas ou privadas de ensino em Medicina Veterinária; atuam em clínicas ou hospitais privados e atendem ONGs e mutirões de castração; atuam em cidades com população abaixo de 50 mil habitantes.
Outras informações
Os participantes devem estar com as vacinas antirrábica e antitetânica em dia para as aulas presenciais, o que irá assegurar o manejo adequado de animais e instrumentos, e assumir a responsabilidade por acidentes.
Ao realizar a inscrição, o médico-veterinário deve enviar pela plataforma o comprovante de registro válido junto ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Os participantes devem levar materiais de uso pessoal, como estetoscópio e pijama cirúrgico. A universidade disponibilizará os animais para as práticas cirúrgicas e insumos, e os animais castrados serão microchipados e registrados no Sistema Nacional de Identificação de Cães e Gatos, do MMA. Para obter a certificação do segundo módulo, o médico-veterinário deverá ter aproveitamento de 100% das aulas práticas presenciais.
Mais informações no e-mail curso.veterinarios@mma.gov.br.
Ufal em destaque
O convite do Ministério para realizar a parceria com a Ufal veio por meio do Grupo de Pesquisa e Extensão em Equídeos e Saúde Integrativa (Grupequi), liderado pelo professor Pierre Escodro.
A técnica de técnica cirúrgica de esterilização será ensinada da Ufal e nas duas instituições parceiras com os professores Rita de Cássia (UnB) e Simone (UFPR). E o módulo teórico está sendo estruturado graças ao financiamento do MMA via Fundepes, que viabilizou recursos para a parte de gravação do curso.
O docente da Ufal conta que o grupo centralizou as atividades de educação do Programa Nacional para atender uma demanda específica: “A necessidade da capacitação de médicos veterinários em todo o Brasil para a técnica cirúrgica de esterilização minimamente invasiva, para que [esse trabalho] seja feito em mutirões e que a gente realmente melhore o manejo populacional de cães e gatos em todo o país”.