Dedicação à ciência marca o 10º Simpósio Nordestino de Química e Biotecnologia
Maior evento do segmento no país, considerando a área de conhecimento, reúne estudantes, professores e pesquisadores para discutir inovação e sustentabilidade
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Na última quarta-feira (22), o auditório do Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV), no Campus A.C. Simões da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió, recebeu a abertura do 10º Simpósio Nordestino de Pós-Graduação em Química e Biotecnologia.
O simpósio se destaca por ser o maior do segmento no país e, nesta edição, tem o tema ‘O poder da química: inovação que cura, transforma e sustenta o futuro’, sendo uma realização do Programa de Pós-Graduação em Química e Biotecnologia (PPGQB), vinculado ao Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) da Ufal, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). As atividades do simpósio terminam nesta sexta-feira (24).
Na mesa de abertura estiveram presentes o coordenador de Pós-graduação da Pró-reitoria de Pesquisa (Propep), Walter Matias Lima; o diretor do IQB, Thiago Mendonça de Aquino; o coordenador do PPGQB, Edeildo da Silva Jr.; a coordenadora do evento, Isis Figueiredo; o representante da Fapeal, João Vicente Ribeiro Barroso; e, representando os discentes do PPGQB, a mestranda Beatriz Oliveira. Além disso, a cerimônia contou com a apresentação do Corufal, comandado pelo maestro Diogo Amorim.
A coordenadora da ação, Isis Figueiredo, explicou que o objetivo do simpósio é congregar palestrantes e pesquisadores do Brasil e do mundo. “Nosso foco é proporcionar aos alunos esse convívio com pesquisadores de renome, possibilitando trocas de experiências e estímulo à produção científica de qualidade. Os alunos apresentam trabalhos, também participam de minicursos em diversas áreas relacionadas à química. Isso cria um ambiente de aprendizado e networking, em que eles conhecem pesquisas de ponta desenvolvidas no Brasil e no exterior”, contou.
Para a mestranda Beatriz Oliveira, mais que um espaço de divulgação, o simpósio é uma representação pura de dedicação à ciência, formação e fortalecimento. “Esse simpósio é um encontro de ideias, aprendizado, escuta e também um momento de inspiração. Sabemos que a pesquisa científica no Brasil enfrenta muitos obstáculos, mas também sabemos da força que temos enquanto comunidade. E temos a consciência do nosso papel na construção de um futuro mais justo, sustentável e inovador por meio da ciência da química e da biotecnologia”, reforçou a estudante.
10 anos de existência e fortalecimento
A abertura do simpósio teve um clima de emoção pela comemoração dos dez anos de existência do evento e pela celebração de um novo recorde de público: ao todo, 280 estudantes participarão das atividades promovidas. Isso reforça como eventos de incentivo acadêmico são diferenciais na vida dos estudantes.
Entre as principais ações do evento, a entrega do Prêmio Roberto Alves de Lima, que homenageia professores fundadores e atuantes do programa; do Prêmio Melhor Tese e Dissertação, voltado a alunos que produzem trabalhos de excelência e defendem no prazo; e dos prêmios de melhores apresentações orais e pôsteres, que concedem inscrições em eventos, livros, vouchers e prêmios em dinheiro. Além do Prêmio Qualisá, que incentiva docentes e discentes a publicarem em revistas de alto impacto e já contabiliza mais de 30 trabalhos premiados.
“Quando começamos, éramos apenas 80 inscritos, com palestrantes da própria Ufal e apresentações orais dos nossos alunos. A partir da terceira edição, incluímos apresentações de pôsteres, e hoje somamos mais de 100 apresentações orais e 600 pôsteres, todos avaliados e premiados nas melhores categorias. Isso fortaleceu enormemente a capacidade de comunicação científica dos nossos alunos”, conta a coordenadora do evento, Isis Figueiredo.
Para o coordenador do PPGQB, Edeildo da Silva Jr., não é à toa que o evento se consolidou como o maior do segmento do país. “Dizer ‘décima edição’ é, por si só, algo profundamente simbólico. São dez anos de um evento que cresceu, amadureceu e se consolidou como um espaço de encontro, de trocas e de celebração da ciência feita por nós”, afirma. Ele também relembra como cada pessoa que passou pelo programa é o principal motivo do sucesso. “Cada dissertação, cada tese, cada projeto, cada publicação e, sobretudo, cada ser humano por trás de tudo isso foi e continua sendo uma peça fundamental na construção da identidade do nosso PPGQB e do nosso simpósio”, finaliza o coordenador.
Para Walter Matias Lima, coordenador da Propep, a perenidade do simpósio é um marco também para a história da Ufal. “Para uma universidade de 64 anos, um evento que chega à sua décima edição representa a consolidação. Um evento como este precisa ter sua continuidade assegurada, pois ele expressa essa relação íntima e simbiótica entre química e biotecnologia dentro de uma instituição pública federal. Espero que esse crescimento continue pelos próximos dez anos e além”, acrescentou Walter.
Em seu discurso na cerimônia, a coordenadora Isis Figueiredo acrescentou que a principal motivação é ver os estudantes aprimorando suas apresentações e desenvolvendo uma comunicação científica mais sólida, e que o trabalho coletivo é a melhor parte de continuar. “Ao longo desses dez anos, compreendemos que o que nos torna melhores é a coletividade. Aprendemos a construir juntos, com base na conexão humana e na solidariedade. Um evento se faz com pessoas e para pessoas”, finalizou.