Siti debate tecnologia, sustentabilidade e informação em sete dias de evento

Recorde de inscrições e de público marcaram o sucesso do evento promovido pelo PPGCI da Ufal

Por Izadora Garcia - Relações Públicas
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Abertura do Siti no Centro de Inovação do Jaraguá
Abertura do Siti no Centro de Inovação do Jaraguá

O Seminário Internacional de Tecnologia, Informação e Inovação (Siti), organizado pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Ufal, foi um sucesso de público. No total, foram sete dias de programação que uniu debates sobre ciência e sustentabilidade, atividades culturais e práticas formativas, com pesquisadores renomados no Brasil e no mundo. A programação teve início na quarta-feira (1º), com apresentação cultural de dança e música cigana, mesa de abertura e a conferência magna, ministrada pelo professor Vandick Batista, do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos (PPG-Dibict) da Ufal.

Na ocasião, o crescimento do evento e a importância de iniciativas que fomentam o debate sobre ciência e tecnologia no estado de Alagoas foram destacados pelas autoridades. “Aqui se efetiva, na prática, o que se espera de um programa de pós-graduação, que é esse devolutiva à sociedade, de pensar o que se discute e o que se produz. Aqui debatemos a ciência, a inovação e a tecnologia, com o enfoque em quem precisa, aliando o desenvolvimento nacional a práticas sustentáveis”, afirmou Dalgiza Andrade (UFMG), presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia. “As discussões desenvolvidas neste evento são exatamente o aporte teórico, o apoio técnico necessário para que possamos fazer políticas públicas sólidas. Elas devem ser pautadas em inovação, tecnologia, bons processos e, especialmente, de pessoas”, afirmou Phelipe Vargas, secretário Especial de Planejamento (Seplag/AL).

Nos dias seguintes, o Siti deu continuidade à sua proposta formativa com ampla variedade de atividades técnico-científicas voltadas à capacitação dos profissionais da informação. A programação incluiu apresentações de trabalhos, mesas de comunicação e divulgação de pesquisas concluídas e em andamento, todas relacionadas ao tema central desta edição.

No total, para esta edição, foram submetidos 91 trabalhos acadêmicos, distribuídos em 84 horas de atividades, durante os sete dias de evento no Centro de Inovação do Jaraguá, em Maceió. Além do recorde de inscrições, o Siti também superou a marca de participantes e chegou a média de quase 300. Os debates reuniram pesquisadores e profissionais não apenas da Ciência da Informação, mas também de áreas correlatas, como tecnologia da informação e comunicação social, promovendo um intercâmbio interdisciplinar essencial para o avanço do conhecimento.

“Esse ano, tivemos um boom porque conseguimos trazer vários nichos, várias áreas do conhecimento a partir das suas correlações com a informação, com a tecnologia ou com a inovação”, avaliou a monitora e mestranda Nátally Sarmento.

Formação além da academia

Além das atividades acadêmicas, com a apresentação de suas pesquisas, estudantes da graduação em biblioteconomia e mestrandos do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação tiveram a oportunidade de atuar como monitores do evento, desenvolvendo habilidades de comunicação, organização e gerenciamento de crises. Essa foi uma forma que a professora Rosaline Mota, coordenadora geral do Siti e do PPGCI/Ufal, encontrou de envolver os alunos e ajudá-los no desenvolvimento de novas habilidades que podem ser úteis na vida profissional. “Dá muito trabalho organizar o Siti, mas é muito prazeroso, principalmente quando vemos a dedicação da comunidade acadêmica”, avaliou.

Esta é a terceira edição em que Nátally Sarmento, mestranda do PPGCI, atua como monitora e organizadora do evento. Para ela, acompanhar o crescimento do Siti é motivo de muito orgulho. “Eu iniciei minha participação na organização do Siti em 2023 e pude perceber que se trata de um evento muito grande que foi evoluindo, em números das comunicações científicas enviadas, e também na qualidade dos trabalhos e das apresentações. E ano após ano, vejo que as pessoas sempre elogiam a organização, os monitores, a nossa cordialidade. É algo que prezamos muito e é exatamente o que queremos que as pessoas sintam: esse acolhimento”, avaliou.

Informação e inclusão

Este ano, a programação do Siti incluiu o primeiro Encontro Nacional de Letramento e Inclusão Digital de Povos Originários. A atividade reuniu representantes indígenas, pesquisadores, gestores públicos e instituições para debater caminhos de equidade, tecnologia e direitos para os povos originários no Brasil. O evento que contou com mesas temáticas, apresentação cultural da etnia Aconã e experiências de inclusão digital em comunidades tradicionais, com Instituto Anjos Digitais.

“A expectativa é que o Siti cresça a cada ano. É muito trabalho e muito coração para que o evento tome essas proporções, com internacionalização, com impactos sociais e com muita troca de energia e de ideais. É um evento feito a muitas mãos e contamos com parceiros preciosos, pelos quais eu tenho uma profunda gratidão, para fazer isso acontecer. Ano que vem, tem mais”, agradeceu Rosaline Mota.

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