Seminário marca conclusão do ciclo formativo da Socioeducação em AL
Parceria entre Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Ufal foi renovada; Evento mostrou o poder da educação como transformação
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O auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) sediou, nesta quinta-feira (11), o seminário de encerramento do ciclo formativo 2025 da Escola Estadual de Socioeducação de Alagoas, parceria entre a Universidade e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) que fomenta a transformação de reeducandos através da educação, aprendizado e da dignidade humana.
Consolidando ao longo do ano ações de ensino, pesquisa e extensão envolvendo profissionais do meio fechado e do meio aberto, a Escola reuniu a participação de docentes e pesquisadores da Ufal, como a Faculdade de Direito de Alagoas (FDA), Faculdade de Letras (Fale) e do Centro de Educação (Cedu), reforçando o papel da instituição pública na produção de conhecimento e no enfrentamento das desigualdades, articulando formação continuada e práticas transformadoras no campo da socioeducação.
A programação do seminário contou com a exibição de um vídeo institucional que revisita a trajetória da Escola em 2025, destacando encontros, formações e o trabalho desenvolvido em diferentes frentes, demonstrando o compromisso ético, social e pedagógico da iniciativa, renovada por mais 18 meses, com novas ações, que serão divulgadas posteriormente.
Compuseram a mesa de honra o pró-reitor de Extensão e Cultura, Cezar Nonato, representando o reitor Josealdo Tonholo; a diretora da FDA, Elaine Pimentel; a promotora de Justiça Marília Cerqueira, representando o Ministério Público de Alagoas; Genilda Leão, representando a secretaria estadual de Assistência e Desenvolvimento Social e o coronel Marco Sérgio, representando a secretaria estadual de Prevenção à Violência.
De forma remota, a coordenadora geral do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), Lívia Vidal, participou representando a ministra do MDHC, Macaé Evaristo, e elogiou a atuação da equipe de Alagoas e ratificou os objetivos do programa: “Temos uma relação boa e vamos fortalecer numa perspectiva de garantia de direitos, de promoção da vida, de proteção integral dos jovens e dos adolescentes que fazem parte dessa rede educativa. Que a gente possa, como sociedade, fazer todos os dias a escolha pela vida, a escolha por uma responsabilização que represente todas as políticas sociais, todas as políticas públicas, com essas vidas desses adolescentes que são, como os dados do levantamento do Sinase, de um processo de reparação histórica.”, comentou.
Em seu discurso, o professor Cezar Nonato destacou o papel da Universidade, o envolvimento dos cursos e dos centros educacionais e ratificou o poder do ensino e da pesquisa com propósito: “A gente não consegue fazer um projeto de extensão sem o ensino e sem a pesquisa. A pesquisa é o momento em que você está ali, de fato, estabelecendo os primeiros contatos e o mergulho na realidade, que não é a nossa realidade, a princípio. E tem o compromisso da escola, com a continuidade, a permanência. Já nos traz um compromisso com o campo do ensino, que tem um propósito, que é o trabalho com os jovens, com os adolescentes que estão com as minhas medidas socioeducativas, e isso muda tudo”, refletiu.
Para a professora Elaine Pimentel, que também é coordenadora geral da Escola Estadual, as ações realizadas durante o ano foram bastante positivas. Além dela, participam da coordenação a professora Lana Palmeira, da FDA, Jeane Félix, do Cedu, além de Cássia Moreno, que atua na área pedagógica da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese). “O balanço desse ano é muito positivo. Nós conseguimos cumprir todas as quatro metas que o Governo Federal nos propôs para a implementação da Escola Estadual de Socioeducação. Fizemos atividades de ensino, pesquisa e extensão, dez minicursos, diversas rodas de conversa, além de pesquisas sobre as demandas de educação e de formação continuada para os profissionais de Socioeducação do meio aberto e fechado, uma grande aproximação. Então a avaliação é muito positiva da nossa própria equipe”, comentou Elaine.
A programação da manhã foi encerrada com agradecimentos aos participantes, além da distribuição dos certificados de conclusão dos minicursos, e a expectativa de que, para 2026, a Escola continue desenvolvendo um trabalho de qualidade e focando no bem-estar sócio-educativo dos reeducandos.