Governo lança primeiro Núcleo de Integridade da Informação do Brasil

Iniciativa inédita foi apresentada durante o lançamento do Observatório da Desinformação, em parceria com TRE, MPF, MPE, TJAL e Ufal

Por Agência Alagoas
- Atualizado em 27/03/2025 13h24
O chefe de gabinete da Ufal, João Paulo Fonseca, esteve presente (Foto :Leonardo André / Agência Alagoas)
O chefe de gabinete da Ufal, João Paulo Fonseca, esteve presente (Foto :Leonardo André / Agência Alagoas)

Alagoas se tornou, nesta quarta-feira (26), o primeiro estado do Brasil a lançar um Núcleo de Integridade da Informação. A iniciativa é pioneira e está voltada ao enfrentamento da desinformação e à promoção da educação midiática em diversas áreas da sociedade.

O lançamento ocorreu durante as atividades do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais (Codeje), no hotel Ritz Lagoa da Anta, onde foi apresentado o Observatório da Desinformação, projeto coordenado pelo TRE em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Eleitoral (MPE), Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com apoio do Governo do Estado.

Representando o Governo de Alagoas, o secretário de Estado da Comunicação, Wendel Palhares, participou do evento e destacou a importância da iniciativa como um marco na luta contra os danos provocados pelas fake news em áreas sensíveis.

O Núcleo de Integridade da Informação vai atuar de forma transversal, com subnúcleos voltados para temas como saúde e consciência, clima e meio ambiente, justiça, segurança pública e direitos humanos. A ideia é garantir ferramentas que ajudem a sociedade a verificar a veracidade das informações e a promover a educação midiática, protegendo o cidadão de prejuízos reais causados pela desinformação”, afirmou Wendel.

Segundo o secretário, a criação do Núcleo atende a uma necessidade urgente de estruturar políticas públicas que combatam a circulação de informações falsas, que têm afetado diretamente escolhas individuais e coletivas, com impactos na saúde, na democracia e na reputação das pessoas.

No caso do subnúcleo de desinformação eleitoral, o Governo do Estado apoia institucionalmente a iniciativa, mas mantém total independência nas avaliações e verificações, para garantir a credibilidade do trabalho técnico conduzido pelo Observatório. O Estado deve ser um agente de apoio, mas não pode interferir no processo de checagem de conteúdo”, completou.

Wendel lembrou ainda dos efeitos nocivos das fake news durante a pandemia de covid-19, quando conteúdos enganosos sobre vacinas e tratamentos colocaram vidas em risco. “Não podemos aceitar que mentiras levem famílias a não vacinar seus filhos, como vimos acontecer. A desinformação, muitas vezes, gera lucros políticos e econômicos para quem a produz. Por isso, é fundamental combater isso com responsabilidade e compromisso com a verdade”, reforçou.

Além das ações de apoio e articulação institucional, o Núcleo de Integridade da Informação contará com uma estrutura robusta de formação e pesquisa, em parceria com universidades públicas como a Ufal, a Universidade Federal da Bahia, a Universidade de Brasília e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de contar com o suporte de ministérios e outras instituições públicas.

Este não será apenas um núcleo pensante, mas um espaço de ação prática, com atividades de formação, campanhas educativas e desenvolvimento de mecanismos de defesa da democracia e combate à desinformação. O lançamento do Observatório é apenas o primeiro passo dessa jornada que coloca Alagoas na vanguarda da integridade informacional no Brasil”, concluiu o secretário Wendel Palhares.

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