Projeto desenvolvido na Ufal participou de feira de tecnologia na Espanha
Professor Victor de Carvalho representou a Universidade no MWC 2025 e aproveitou a oportunidade para debater parcerias com instituições estrangeiras
- Atualizado em 28/03/2025 15h48

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) esteve representada no Mobile World Congress (MWC) 2025, maior evento mundial dedicado às tecnologias de comunicação, realizado na primeira semana de março, em Barcelona, na Espanha, e no 4° Years From Now (FYFN) 2025, feira onde startups de todo o mundo expõem soluções tecnológicas para a transformação digital.
O projeto de pesquisa e desenvolvimento tecnológico do Grupo de Engenharia em Tomada de Decisão e Inteligência Artificial (Gedai) da Ufal, no programa IA² do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, foi um dos seis selecionados pela Softex para participar desta edição do MWC e da feira 4YFN, compondo uma comitiva nacional formada por grupos e empresas que tiveram como base o estande Brasil IT+, organizado pela própria Softex e pela Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex).
O coordenador do projeto, Victor Diogho Heuer de Carvalho, professor do Campus do Sertão, representou a Ufal na comitiva. “O evento trouxe uma visão mais negocial sobre as aplicações da IA gerando inovações concretas, algo para além do que é feito tradicionalmente na Universidade”, comentou sobre a importância da participação.
O objetivo da Softex e da Apex ao realizar a seleção envolveu tanto o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora como também uma visão de internacionalização dos projetos, abrindo a possibilidade de contato com investidores e outros agentes facilitadores para que os projetos e suas respectivas startups de relacionamento possam ter uma base para eventual fixação em um mercado internacional.
“O MWC também foi uma oportunidade para contato com algumas universidades estrangeiras, representadas nos stands de seus países, como aconteceu com o nosso caso em que realizamos contato com pesquisadores da Universidade de Helsinki, na Finlândia, em prol de uma eventual parceria para desenvolvimento tecnológico de produtos voltados para monitoramento de fluxo de pessoas com uso de visão computacional”, destacou o professor Victor.
Vitrine e mais oportunidades
Cada projeto no IA² representado no evento tem um foco diferente, variando entre aplicações em privacidade de dados em saúde, monitoramento e controle de rebanhos, monitoramento de segurança pública, perfuração de poços, detecção de tumores e aplicações de inteligência artificial (IA) responsável. O tópico que une todos os projetos é a própria IA, com suas múltiplas facetas.
Os coordenadores dos projetos tiveram livre acesso a maior parte dos salões de exposição do evento. Participaram também de visitas acompanhadas aos estandes das empresas Ericsson e da Huawei, respectivamente, nos dias 4 e 5 de março, conhecendo projetos que envolvem produtos tecnológicos de ponta.
O evento também possibilitou contato com uma startup estadunidense chamada Ultralytics, que detém o Yolo, um modelo em estado da arte voltado para visão computacional. “Tivemos a oportunidade de conhecer o Glenn Jocher, que é um dos fundadores da Ultralytics e atual CEO da empresa, e trocamos algumas ideias e contatos com os técnicos que estavam presentes”, disse.
O professor Vitor destacou a participação como ouvinte em palestras sobre temas atuais no mundo das startups e deeptechs, incluindo capitais de risco para IA, design de materiais inteligentes, soluções tecnológicas para cuidados de saúde e ética algorítmica no uso da IA.
A Apex também proveu contato com representantes de alguns países como Finlândia, Canadá, Espanha e Estados Unidos, para que os coordenadores pudessem conhecer e discutir como fixar eventuais empresas derivadas ou associadas aos seus projetos nestes países.
Outra oportunidade é a criação de uma Rede de Colaboração Nacional em P&D do IA² para apoio mútuo na captação e compartilhamento de recursos e produção técnico-científica tomando como ponto de partida o que já está sendo desenvolvido dentro do programa. A expectativa é que ao longo deste ano a rede atraia mais cientistas interessados de dentro do programa IA², para que em um próximo passo ela possa ser formalizada como uma rede nacional de pesquisa e desenvolvimento em IA.