Projeto de extensão da Ufal Simbora Dançar reúne amantes da dança de salão
São aulas públicas e gratuitas todas as quintas-feiras, das 19h30 às 22h, na Pista de Dança Gerusa Malta, na Ponta Verde

“Dança para suportar o mundo”. Esse é o lema que move as ações dos projetos Simbora Dançar e Amantes da Dança, iniciativas que são realizadas todas as quintas-feiras do mês, das 19h30 às 22h, na Pista de Dança Gerusa Malta, no bairro de Ponta Verde, em frente à barraca Pedra Virada.
Quem sabe dançar, quem deseja aprender, homem, mulher, idoso ou jovem. Todos podem participar desse encontro dançante gratuito e que vem engajando cada vez mais pessoas. Não precisa se inscrever. Basta comparecer ao local com muita disposição e respeito.
Ficou interessado? Então, vem conhecer a programação. Toda primeira quinta-feira do mês, quem ocupa o espaço é o grupo Amantes da Dança com aulões de gêneros musicais variados. Em março, foi a bachata, ritmo da República Dominicana. Agora em abril, os participantes dançaram ao som do brega paraense. Mas as aulas não se resumem apenas aos ritmos escolhidos e, no decorrer das duas horas, há muita prática ao som de outros gêneros.
Nas demais quintas-feiras do mês, entra em cena o Simbora Dançar, projeto de extensão da Ufal, que lota a pista de apaixonados pelos ritmos característicos da dança de salão.
O público tem se engajado cada vez mais. Com início em setembro de 2024, o projeto começou com um público médio de 20 pessoas, aumentou para 50 e, no último encontro, reuniu mais de 150.
“Esse projeto é como um ‘respiro’ na semana. Além do público local, dançarinos profissionais de programa de televisão, turistas do Chile, da Argentina e da Noruega já frequentaram os encontros”, comentou o professor da Ufal e coordenador do projeto, Ivanderson da Silva. Pesquisador na área da Física, o docente do Campus Arapiraca é um entusiasta da dança de salão, amante e estudioso do gênero musical bolero.
Forró das antigas, pé de serra, bolero, zouk, kizomba, arrocha, samba, lambada, salsa e bachata são os ritmos tocados durante as aulas. E os participantes podem sugerir músicas para o repertório por meio da página do programa no Instagram e no grupo do Whatsapp.
“Buscamos democratizar a dança de salão, mostrar os benefícios para o corpo, para a saúde mental, como pode ajudar no tratamento da depressão, da ansiedade, do Alzheimer. Em relação ao lúpus, à fibromialgia e ao Alzheimer, estudos evidenciam que aqueles que já apresentam sintomas tendem a melhorar com a dança, e os que não têm, mas com predisposição, retardam o desenvolvimento”, destacou o professor.
Ao unir pesquisa e dança, o Simbora Dançar também promove campanhas educativas entre os participantes. Além de promover a saúde, o objetivo é conscientizar contra o assédio moral ou sexual, etarismo, capacitismo, machismo, racismo, homotransfobia e discriminação de qualquer natureza.
“Ano passado, tivemos no Brasil um recorde de pessoas afastadas do trabalho com atestado de problemas emocionais e mentais. Vivemos em uma sociedade adoecida e a dança é uma possibilidade, dentre muitas, para respirar, interagir, sorrir, conhecer novas pessoas se movimentar e praticar a empatia”, reforçou o professor Ivanderson.
Convite para novos participantes
O Simbora Dançar e os Amantes da Dança são abertos a todos os públicos, inclusive, para a comunidade da Ufal. Professor Ivanderson contou que até pessoas de Satuba, cidade da região metropolitana de Maceió, deslocam-se para participar das aulas todas as quintas-feiras.
O docente reforça que não precisa ter parceiro ou parceira, nem dominar todos os passos. O importante é gostar de dançar, ser respeitoso, ter disposição para convidar e aceitar os convites. “Em nosso grupo, defendemos que o importante é acolher e respeitar”, enfatizou.
Uma das grandes bandeiras do projeto é combater o assédio sexual, uma vez que as mulheres são maioria durante as aulas. “Reforçamos o convite para que mais homens participem. No entanto, deixamos claro que o projeto é um lugar de prática de dança, mas é evidente que pode rolar a paquera. O que não pode é ser inconveniente, assediar, constranger”, afirmou.
Para saber mais e acompanhar as atividades do projeto, acesse aqui