Egressos da Ufal participam de escola internacional da USP
Lucas Galdino e Adna Litrento têm pesquisas relacionadas aos estudos sobre subsidência nos bairros de Maceió atingidos pela mineração

Dois egressos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Campus A.C. Simões, foram selecionados para participar da Escola São Paulo de Ciência Avançada em Universidade, Memória e Reparação (ESPCA), promovida pela Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Fapesp e da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP-USP). O evento começou no dia 1º de julho e vai até o dia 11, na capital paulista, e reúne pesquisadores do Brasil e do exterior.
Lucas Galdino e Adna Litrento foram escolhidos em um processo bastante competitivo, que selecionou apenas 30 participantes de outros estados brasileiros, além de 50 internacionais e 20 do estado de São Paulo. Os critérios de escolha incluíram carta de interesse, currículo e aderência temática aos conceitos de memória e reparação, com atenção à diversidade regional, de gênero e étnico-racial.
Os dois jovens arquitetos apresentam pesquisas desenvolvidas ainda na graduação, a partir dos seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), que abordam questões como memória, patrimônio cultural, território e planejamento urbano, com forte vínculo com a realidade alagoana. Para os participantes, a seleção representa não apenas uma conquista pessoal, mas também um reconhecimento da qualidade da formação oferecida pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Ufal .
Segundo os participantes, trata-se de uma oportunidade única de aprendizado e de intercâmbio acadêmico, que certamente terá desdobramentos futuros em suas trajetórias profissionais e acadêmicas. “A ESPCA é um espaço global de discussão sobre os vínculos entre a universidade, os processos de reparação e o papel da memória na construção da justiça social. A proposta reconhece a importância das universidades nos processos de memória, salvaguarda de acervos e iniciativas de reparação histórica”, destaca o arquiteto.
Atualmente, Lucas Galdino está no mestrado em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e é pesquisador colaborador no Núcleo de Pesquisa Morfologia do Espaço Público (MEP/Ufal). Já Adna desenvolveu pesquisas sobre o impacto físico da subsidência do solo no bairro do Pinheiro em Maceió contribuindo para a preservação da memória urbana em contextos de crise ambiental.
A Escola em que eles estão participando funciona como uma especialização intensiva em tempo integral, com aulas, palestras, produção de artigos, dinâmicas em grupo e visitas a espaços simbólicos da cidade de São Paulo. O objetivo é ampliar a abordagem interdisciplinar dos participantes e fomentar o intercâmbio de experiências de pesquisa oriundas de diversas partes do mundo, contribuindo para a formação de jovens pesquisadores e o fortalecimento da produção científica no Brasil.
O conteúdo completo da programação e os temas das palestras podem ser acessados no site da PRIP-USP.