Formação do Sinpete leva letramentos para escolas com foco na adolescência
Profissionais da educação vivenciam práticas interdisciplinares em letramentos científico, literário, matemático e de cidadania, com foco na formação de adolescentes
- Atualizado em 22/07/2025 17h01
O Programa Sinpete – Ciência e Inovação na Educação Básica promoveu mais uma ação formativa por meio do Laboratório de Formação (LabFor), projeto que integra o programa e foi responsável pela concepção e realização do Laboratório Interdisciplinar de Letramentos no município de Murici (AL).
A iniciativa teve como foco a reflexão, a troca de saberes e o fortalecimento das práticas pedagógicas voltadas ao protagonismo dos adolescentes. A atividade, fruto da parceria entre o programa, a Educa Consultoria e a Secretaria Municipal de Educação, foi realizada na última sexta-feira (18), na Escola Municipal Juvenal Lopes.
Com a participação de professores e gestores dos anos finais do Ensino Fundamental das escolas Juvenal Lopes, Pedro Tenório Raposo e Aurino Maciel, o encontro teve como foco os letramentos do Programa Escola das Adolescências (MEC). As temáticas foram divididas em quatro áreas: letramento matemático, científico, literário e de corporeidade, e de humanidades e cidadania. Ao longo de um dia de imersão formativa, os participantes vivenciaram propostas interativas, realizaram experimentações pedagógicas e compartilharam saberes em um ambiente colaborativo e reflexivo.
Para a diretora da Escola Juvenal Lopes, Josilene Santos, a formação foi muito significativa para toda a comunidade. “Há mais de 50 anos, a escola atende à comunidade de Murici, formando cidadãos e trocando experiências. Acredito que, quanto mais se investe no conhecimento dos nossos profissionais, melhor será a aprendizagem na escola”. Ela também destacou os desafios enfrentados atualmente no ensino e reforçou a importância de aprender novas metodologias e técnicas para ampliar o conhecimento científico nas salas de aula.
“Esperamos que, através das dinâmicas ensinadas, os professores desenvolvam um olhar especial para o adolescente, compreendendo seus alunos e trazendo esperança para eles, para que a educação se torne um porto seguro”, declara a diretora. O evento integra o programa Escola das Adolescências, que busca promover uma linguagem mais adequada e um diálogo mais próximo com os adolescentes no contexto educacional.
A parceria com o Sinpete já é de longa data. A Escola Juvenal Lopes participa das semanas de exposições desde a primeira edição, compartilhando das experiências que são desenvolvidas na escola. Desta vez, ao receber a ação formativa, a escola fortalece ainda mais a parceria com a Ufal e com o universo científico promovido pela Semana Sinpete. Para Josilene, o maior benefício esperado é a construção de conhecimento, possibilitando aos profissionais um novo modo de agir em sala de aula.
O diretor adjunto da Escola Pedro Tenório Raposo, Erivan Batista, também participou da formação e destacou que as vivências promovidas foram dinâmicas e intuitivas. “A forma como os palestrantes conduziram a apresentação dos letramentos foi muito proveitosa. Quem participou pôde aproveitar e também compartilhar do que já vinha sendo feito. Com isso, construímos novos caminhos e parâmetros para que a aprendizagem seja melhor desenvolvida na sala de aula”.
O programa Sinpete acredita que a educação transformadora se constrói com escuta, formação e compromisso com as instituições de ensino. O evento foi encerrado com a troca de vivências entre os professores, que também reforçaram a importância da educação como ferramenta de transformação social.
Promovida desde 2022 pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e que este ano tem a coexecução com o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), a Semana é organizada pela Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), em consonância com a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT).
Sua abrangência e impacto têm colocado o Sinpete entre os maiores eventos de divulgação científica de Alagoas, com o apoio de instituições como CNPq, FNDCT, MCTI, Capes, IMA, Fapeal, Marinha do Brasil e Exército Brasileiro. Internamente, a mobilização envolve cursos técnicos, de graduação e pós-graduação da Ufal. Externamente, participam as secretarias de educação das redes estadual e municipal, além de escolas particulares.
