Cedu coordena curso de formação para monitores de leitura no sistema prisional

Tem início nesta quinta-feira (7), o curso de extensão “Formação de monitores para a promoção da leitura e da escrita no Sistema Prisional”. A abertura, às 15 horas, será realizada no auditório do Centro de Educação (Cedu), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O projeto é desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Educação em Prisões (GPEP/Cedu/Ufal), em parceria com a 16ª Vara de Execuções Penais (VEP), com a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Sociasl (Seris) e com o Conselho da comunidade de Maceió (CCM), coordenado pelas professoras Conceição Valença e Érica Renata de Morais.

Com carga horária total de 60 horas e duração de quatro meses, o curso integra o projeto “Livros que Libertam”, uma iniciativa do Tribunal de Justiça de Alagoas, por meio da 16ª Vara de Execuções Penais e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), em parceria com a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS).

Voltada à formação continuada de monitores de leitura privados de liberdade, a abordagem político-pedagógica propõe a capacitação dos sujeitos privados de liberdade. “Trata-se de uma intervenção que aposta na potência da leitura como experiência formativa que restitui a voz, amplia a escuta e reposiciona os sujeitos privados de liberdade como protagonistas de seus próprios processos de aprendizagem”, como ressaltado no projeto do curso. 

A formação será realizada por uma equipe técnica composta por Priscilla Ferreira de Castro, da 16ª Vara de Execuções Penais; Clarice Mirthes de Oliveira Damasceno, Maria Thaís Santos Bandeira, Geraldo Bernardo, Sayonara Kelly Santos Bizarrias e  Ademir Santos da Silva, que são da Gerência de Educação e Cidadania (GEC/SERIS); e Ismael Luiz da Silva, do Conselho da Comunidade de Maceió (CCM). O projeto-piloto será implementado inicialmente na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, com perspectiva de expansão para outras unidades prisionais do estado.

O curso prevê uma variedade de atividades didático-pedagógicas, como rodas de leitura, oficinas temáticas, socialização de experiências, estudo orientado de textos, exibição de vídeos e documentários, além de simulações de mediação de leitura, com foco em metodologias inclusivas e acolhimento de pessoas em processo de alfabetização.

Baseado na Resolução nº 391/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta a remição de pena pela leitura, o curso também busca estar alinhado aos princípios da justiça social e da educação humana integral, sobretudo, promover a dignidade, a autoestima e a consciência crítica das pessoas privadas de liberdade.