Ufal e Sociedade recebe Marília Goulart para falar sobre mulheres nas ciências
A trajetória da pesquisadora é uma inspiração e contribui para a formação de gerações de mulheres cientistas
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Entre as incríveis mulheres pesquisadoras que fazem parte da comunidade científica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a professora Marília Goulart é uma das mais citadas e premiadas. Portanto, quando se fala dos desafios que as mulheres precisam superar para se dedicarem à pesquisa, ela é um exemplo e uma inspiração.
No programa Ufal e Sociedade, que será veiculado na segunda-feira (11), às 11h, a professora Marília compartilha com os ouvintes vários episódios da sua trajetória, desde que chegou na Ufal, em 1977. Ela narra muitos acontecimentos interessantes, como por exemplo, quando trouxe para uma palestra, em Alagoas, a cientista e arte-educadora, Fayga Perla Ostrower, uma polonesa judia que chegou ao Brasil fugindo do Nazismo e consolidou uma carreira internacionalmente reconhecida. Nessa atividade ela contou com a parceria da professora de Arquitetura, atualmente aposentada, Maria de Fátima Campelo.
Marília conta sobre a contribuição dela e do marido, também pesquisador e professor emérito, Antônio Euzébio Goulart Santana, para fortalecer a pesquisa na Ufal. Foram tempos de lançar as bases, construir e equipar laboratórios e aprovar os primeiros doutorados na Universidade. Um pioneirismo e dedicação que rendeu a ela muitas homenagens, prêmios e reconhecimentos. “Nenhum deles eu conquistei sozinha, sempre foi o trabalho de uma equipe”, faz questão de pontuar a pesquisadora.
A cientista detalha os desafios da maternidade e ressalta a ajuda que recebeu para poder continuar o trabalho. “Eu tive meu primeiro filho, na década de 1980, quando estava escrevendo a minha qualificação para o doutorado. Escrevia e amamentava. E o segundo veio na época que eu estava fazendo a tese. Então, ele me acompanhava no peito. Felizmente, eu tive leite”, conta a pesquisadora sobre a realidade de ser mãe e cientista.
Entre os vários prêmios da sua carreira, Marília conta a repercussão que mais marcou a história dela, quando recebeu o Prêmio Jovem Cientista, anunciado em 1984. “Foi um momento de muita alegria para minha família, que sempre valorizou a ciência sem distinções de gênero. O prêmio teve grande repercussão na época, foi destaque na imprensa nacional e gerou uma comoção na Ufal. Lembro que fui convidada para dar um seminário na antiga escola técnica, e muitas estudantes se inspiraram a seguir na ciência a partir daquele momento,” narra Marília.
São muitos fatos marcantes na vida desta mulher, pesquisadora, mãe, professora e incentivadora de outras mulheres. Vale muito a pena ouvir o programa Ufal e Sociedade com a professora Marília Goulart.
Ouça e compartilhe o podcast, que estará disponível na próxima segunda-feira, no site da Rádio Ufal.